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Presidente dos Correios pediu demissão após péssima gestão, infiltrada por ordens do Planalto

Pleno.News - 05/07/2025 15h09 | atualizado em 07/07/2025 11h47

Davi Alcolumbre Foto: EFE/Joédson Alves

O presidente dos Correios, Fabiano Silva, pediu demissão nesta sexta-feira (4). A empresa registrou prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano e há tempos Silva vinha sendo pressionado a deixar o cargo. O Centrão está de olho no comando da estatal.

A carta de demissão de Silva foi entregue no Palácio do Planalto ao chefe do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola. O presidente está no Rio, onde participa da Cúpula do Brics. A dispensa somente será oficializada após reunião entre Lula e Silva, na próxima semana.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tenta emplacar aliados nos Correios e no Banco do Brasil (BB). Alcolumbre já conversou sobre o assunto com Lula. Até agora, no entanto, ele resiste a substituir a presidente do BB, Tarciana Medeiros, que é bem avaliada no Palácio do Planalto.

O rombo nos Correios e mudanças feitas por Silva na estatal, porém, contrariaram interesses de empresas de transportes e até mesmo do Congresso.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, também queria a troca de Fabiano Silva e, recentemente, teve uma áspera discussão com ele. O bate-boca começou quando Costa exigiu um plano de corte de gastos que incluía demissão de funcionários e enxugamento de agências no país. A situação ficou insustentável porque Silva, mais uma vez, discordou do chefe da Casa Civil.

Os Correios encerraram 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, valor quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, de R$ 597 milhões. Até então, o pior resultado da empresa havia sido em 2016, quando o rombo chegou a aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

Integrante do Grupo Prerrogativas, que reúne advogados ligados ao PT, Silva atribuiu o prejuízo da empresa, no ano passado, à taxação de compras internacionais. O imposto de até 50 dólares (R$ 270,42), criado para a importação de encomendas e conhecido como “taxa das blusinhas”, provocou consequências desastrosas para a estatal.

*AE

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