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Forças Armadas inspecionam código-fonte das urnas no TSE

Todos os partidos políticos também podem inspecionar os códigos

Gabriel Mansur - 03/08/2022 15h35 | atualizado em 03/08/2022 15h49

 

novo modelo de urna
Novo modelo de urna eletrônica Foto: Divulgação/TSE

Técnicos de informática das Forças Armadas foram, nesta quarta-feira (3), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para inspecionar os códigos-fontes das urnas eletrônicas e dos sistemas eletrônicos de votação. A informação é da assessoria da Corte.

Os militares chegaram à sede do tribunal por volta das 11h. Pela parte da manhã, eles se reuniram com técnicos da Justiça Eleitoral. A expectativa é que os códigos-fontes comecem a ser examinados pela parte da tarde, numa sala instalada pelo TSE em sua sede especificamente para este fim.

O código-fonte é um conjunto de linhas de programação de um software, com as instruções para que o sistema funcione. A abertura do código permite a inspeção pela sociedade civil.

A fiscalização das Forças Armadas ocorre em meio a uma “turbulência” entre o governo federal, liderada por questionamentos do presidente Jair Bolsonaro, e o TSE. Nesta terça-feira (2), por exemplo, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, encaminhou ofício classificado como “urgentíssimo” ao órgão, em que exigia acesso ao código-fonte das urnas.

Em resposta, o TSE informou que o acesso a todos os códigos-fontes utilizados nas Eleições de 2022 estão disponíveis desde outubro do ano passado para as entidades fiscalizadoras do processo eleitoral, incluindo as Forças Armadas.

A inspeção já foi realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Senado Federal. A Polícia Federal (PF) agendou a auditoria para ser realizada entre os dias 22 e 28 deste mês.

PARTIDOS POLÍTICOS
Todos os partidos políticos também podem inspecionar os códigos. Até o momento, se interessaram pelo procedimento as siglas PV, PL e PTB, embora somente esta última tenha de fato conduzido uma inspeção, informou o TSE.

Desde as eleições municipais de 2020, o TSE vem ampliando o rol de entidades que podem ter acesso livre aos códigos-fontes do sistema eletrônico de votação, desenvolvidos por programadores da própria Justiça Eleitoral.

Além de órgãos oficiais, a lista inclui, entre outros, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os departamentos de tecnologia de instituições acadêmicas. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizou a inspeção em março.

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