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“Foi uma covardia o que fizeram com Moro”, avalia Bolsonaro

Presidente criticou busca e apreensão contra ex-ministro por causa da formatação de seu material de campanha

Thamirys Andrade - 06/09/2022 10h55 | atualizado em 06/09/2022 12h05

Ex-ministro Sergio Moro e presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Marcos Corrêa

O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, nesta terça-feira (6), seu ex-aliado e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil), após ele ser alvo de um mandado de busca e apreensão por causa da formatação de seu material de campanha. Embora tenha reforçado suas divergências com o candidato ao Senado pelo Paraná, o chefe do Executivo classificou como “agressão” e “covardia” a operação realizada contra ele.

– Não tenho nada para defender Moro, tenho péssimas recordações enquanto ministro meu que poderia ter feito muita coisa, não fez, mas esse fato de ir na casa do Moro, que fosse outro local até comitê, escritório político dele, é uma agressão. Por causa de tamanho de letra? Faz por escrito. Uma covardia que fizeram com o ex-ministro Moro – ponderou.

A fala ocorreu durante entrevista de Bolsonaro à Jovem Pan. Na ocasião, ele voltou a destacar que Moro o decepcionou e atribuiu o caso à influência de “amizades”.

– Sérgio Moro tinha tudo para ser um excelente político, trazia uma bagagem muito grande lá atrás da Lava Jato, tinha tudo, talvez ser meu vice, em 2026 candidato a presidente. Algo subiu à cabeça dele, as amizades que ele cultivou ao longo desse tempo dele de ministro levou a isso – prosseguiu.

Na sequência, o presidente criticou a proximidade do ex-juiz e do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que também é hoje um ex-aliado.

– Fiquei sabendo que era comum ele visitar o Dória em São Paulo, nunca reportou nada para mim, você não deve satisfação, não deve, mas por que não? A gente escolhe as pessoas bem-intencionado, depois cada um resolve seguir o seu ego. Aí acaba nisso daí – apontou.

ENTENDA
No último sábado (3), Moro teve o material apreendido após determinação da juíza auxiliar Melissa Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Na decisão, ela atendeu a um pedido da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), que afirmava que o tamanho dos nomes dos suplentes de Moro descumpria a regra de ser, no mínimo, 30% do que é destinado ao titular da chapa.

Luiz Eduardo Peccinin, advogado do PT, reclamou à Justiça que as redes sociais de Moro também têm veiculado propaganda irregular.

Por causa disso, a Justiça determinou a exclusão de todos os vídeos do canal de Sérgio Moro no YouTube. Inclusive, os que mencionam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contêm críticas ao petista. Mais de 300 links das redes sociais tiveram de ser removidos.

Na tarde em questão, Moro se manifestou nas redes sociais, não poupando críticas ao PT.

– Hoje, o PT mostrou a “democracia” que pretende instaurar no país, promovendo uma diligência abusiva em minha residência e sensacionalismo na divulgação da matéria. O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes dos suplentes supostamente menores do que o devido – escreveu.

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