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Flávio sobre Moro: ‘A política perdoa traição, mas não traidor’

Senador fez críticas ao ex-ministro da Justiça durante discurso de filiação ao PL

Thamirys Andrade - 30/11/2021 13h14 | atualizado em 30/11/2021 13h32

Flávio Bolsonaro e Sergio Moro
Flávio Bolsonaro e Sergio Moro Fotos: Reprodução Youtube /

Durante seu discurso de filiação ao Partido Liberal nesta terça-feira (30), o senador Flávio Bolsonaro agradeceu à legenda e a aliados do governo por não terem “traído o presidente Jair Bolsonaro”, e, em seguida, teceu críticas ao ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (Podemos).

– Tem um ditado na política que fala o seguinte: “A política pode até perdoar traição, mas não perdoa o traidor” – assinalou Flávio.

O primogênito do presidente Jair Bolsonaro prosseguiu conceituando o que para ele é traição, fazendo referências ao ex-juiz da Lava Jato, embora não citasse o nome de Moro diretamente.

– Traidor é aquele que humilha uma mulher, que expõe publicamente uma pessoa pensando no poder, porque o convidou para ser o seu padrinho de casamento. E aí a decepção vem na proporção inversa à admiração que as pessoas possuíam por ele. Traidor é aquele que, por ação ou omissão, interfere na Polícia Federal. […] Mais grave, senhor presidente, traidor é aquele que não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar Bolsonaro – completou.

Em meados de 2020, Moro disse que aceitou ser padrinho de casamento da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) com o coronel Aginaldo de Oliveira, por “constrangimento”.

No início do mesmo ano, o ex-magistrado pediu exoneração do Ministério da Justiça e Segurança Pública, acusando o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir no comando da PF (Polícia Federal).

Em depoimento à corporação no início de novembro deste ano, Bolsonaro afirmou que havia solicitado a troca do diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, escolhido por Moro, pelo diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem. Segundo o presidente, Moro havia concordado, mas condicionado a alteração a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Também em seu depoimento à PF no início deste mês, o chefe do Executivo declarou que cobrou do ex-ministro uma “investigação mais célere e objetiva” sobre o atentado à faca que sofreu em Juiz de Fora (MG), em 2018, mas que não observou “nenhum empenho” de Moro em solucionar o caso.

Filiado ao Podemos, Sergio Moro é hoje um dos cotados a concorrer com Bolsonaro ao Palácio do Planalto, em 2022.

O senador Flávio Bolsonaro finalizou o seu discurso de filiação dizendo ainda que o atual governo e seus aliados vencerão “o vírus”, “qualquer traidor” e “qualquer ladrão de nove dedos pelo bem do Brasil”, em referência ao ex-presidente Lula (PT).

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