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Flávio ironiza escolha para a PGR: “Vai colocar um petista?”

Senador é acusado de "apadrinhar" candidato a procurador-geral

Gabriela Doria - 21/08/2019 21h02

Senador Flávio Bolsonaro negou que esteja influenciando escolha para procurador-geral da República Foto: Agência Senado/Jefferson Rudy

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) negou nesta quarta-feira (21) que esteja apadrinhando o subprocurador-geral Antônio Carlos Simões Martins Soares para o comando da Procuradoria-Geral da República. Filho de Jair Bolsonaro (PSL), Flávio também disse ser óbvio que o presidente escolha alguém que pense como ele.

– Parece meio óbvio. Vou botar um petista na PGR? O presidente vai botar um cara do PSOL? É óbvio. Tem alguma coisa de anormal nisso? Vou botar um cara lá que vai trabalhar contra as pautas voltadas para meio ambiente, para segurança pública, para costumes? Não tem sentido – afirmou Flávio.

Para que a PGR não seja ocupada por um interino, é necessário que o nome escolhido seja sabatinado e aprovado pelo Senado antes de 17 de setembro.

Pela legislação, se a PGR ficar vaga, quem assume interinamente é o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal. Neste mês, o subprocurador-geral Alcides Martins foi eleito vice-presidente do conselho. Martins é um dos mais antigos membros do MPF.

No início da semana, Antônio Carlos Simões Martins Soares era apontado como o novo favorito de Bolsonaro. No fim de semana, Bolsonaro havia dito a auxiliares do Palácio Planalto que Soares poderia ser escolhido para substituir a atual procuradora-geral, Raquel Dodge. Na semana passada, Soares foi recebido por Bolsonaro no Palácio da Alvorada e encontrou-se com o ministro Dias Toffoli, no Supremo Tribunal Federal, em audiência que não constou da agenda publicada no site do STF.

O nome de Soares havia ganhado força após ser apadrinhado por Flávio e por seu advogado, Frederick Wassef. Soares foi recomendado a Bolsonaro na semana passada. No entanto, com a exposição, se desgastou.

Os três nomes que compõem a lista tríplice são, nesta ordem, Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul.

A lista tríplice não tem previsão legal, mas tem sido observada por todos os presidentes da República desde 2003. Bolsonaro não se comprometeu a indicar um dos nomes mais votados pelos colegas.

*Folhapress

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