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Flávio: Bolsonaro só vai apoiar quem ‘banque anistia ou indulto’

Senador traçou perfil ideal do representante da direita para o Palácio do Planalto em 2026

Marcos Melo - 16/06/2025 21h06 | atualizado em 17/06/2025 10h59

Senador Flávio Bolsonaro Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convencionou o apoio a um candidato ao Palácio do Planalto em 2026 à garantia de que anistiará os acusados de tentativa de golpe de Estado ou até um indulto a ele mesmo, em caso de condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita à Folha de S.Paulo neste domingo (15).

– Vamos supor, aconteceu essa maluquice de condenar Bolsonaro. Ele está inelegível, vai ter que apoiar alguém. Não só vai querer apoiar alguém que banque a anistia ou o indulto, mas que seja cumprido. Porque a gente tem que fazer uma análise de cenário também de que, na hipótese de o presidente dar um indulto para Bolsonaro, o PT vai entrar com um habeas corpus no STF. [Vão declarar que] é inconstitucional esse indulto. Então vai ter que ser alguém na Presidência que tenha o comprometimento, não sei de que forma, de que isso seja cumprido – declarou o senador.

Flávio rechaçou qualquer tom de ameaça, mas cogitou fazer “uso da força” para conter a ofensiva do STF.

– É uma hipótese muito ruim, porque a gente está falando de possibilidade e de uso da força. A gente está falando da possibilidade de interferência direta entre os Poderes. Tudo que ninguém quer. E eu não estou falando aqui, pelo amor de Deus, no tom de ameaça, estou fazendo uma análise de cenário. É algo real que pode acontecer. Bolsonaro apoia alguém, esse candidato se elege, dá um indulto ou faz a composição com o Congresso para aprovar a anistia, em três meses isso está concretizado, aí vem o Supremo e fala: é inconstitucional, volta todo mundo para a cadeia. Isso não dá. Certamente o candidato que o presidente Bolsonaro vai apoiar vai ter que ter esse compromisso, sim – observou.

O parlamentar fez conjecturas compreendendo o ministro Alexandre de Moraes, do STF, como uma “pessoa insana” e que tem “a própria Constituição”.

– Aí não tem mais remédio que exista para você fazer uma pessoa insana como o Alexandre Moraes voltar à normalidade, não achar que é o dono do Brasil, que tem a própria Constituição. Obviamente, o presidente, na hora de escolher um candidato, vai levar em consideração isso. Agora, [o candidato] se compromete em fazer o quê? Não sei. Mas alguém que tenha disposição, de alguma forma, de fazer com que o STF respeite os demais Poderes. Fazer com que o Alexandre de Moraes não continue sendo o dono dos votos de outros ministros, como parece – pontuou.

Flávio, questionado se estaria traçando um perfil para bater de frente com a Suprema Corte, declarou:

– É um candidato que possa resgatar a democracia. Vai depender do ponto de vista, está vendo? (…) Se continuar nessa toada, o Brasil não vai estar em uma democracia, porque é uma interferência direta de um Poder no outro. A competência exclusiva para dar um indulto é do presidente. Esse precedente só mudou porque era o Daniel Silveira, porque o presidente era o Bolsonaro. Aí inventam-se teses.

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