Leia também:
X Justiça aceita denúncia e Pezão vira réu na Lava Jato

Flávio Bolsonaro: “Quero um tratamento dentro da lei”

Parlamentar voltou a comentar episódio de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz

Henrique Gimenes - 18/01/2019 22h09 | atualizado em 21/01/2019 11h37

Flávio Bolsonaro defende futuro governo na GloboNews Foto: Reprodução

O senador eleito Flávio Bolsonaro voltou a comentar, nesta sexta-feira (18), sobre seu pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à investigação sobre seu ex-assessor, Fabrício Queiroz. O parlamentar afirmou que os autos do processo mostraram a quebra de seu sigilo financeiro e que ele está sendo investigado ilegalmente pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A declaração foi dada em uma entrevista à Record TV.

O nome do ex-assessor apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Operações Financeiras (Coaf) com movimentações financeiras “atípicas”. De acordo com o Conselho, a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz era incompatível com seus rendimentos. Nesta quinta-feira (17), Fux concedeu uma liminar suspendendo as investigações até que o ministro Marco Aurélio Mello decida sobre um pedido de Flávio Bolsonaro para anular provas.

O senador eleito afirmou que decidiu recorrer ao Supremo por causa das irregularidades cometidas pelo Ministério Público. Ele disse ainda que é o maior interessado em esclarecer tudo.

– Quando tive acesso aos autos, descobri que o Ministério Público estava me investigando ocultamente desde meandros do ano passado. E além disso, utilizando vários atos, ao longo do procedimento, ilegais. E descobri que meu sigilo bancário havia sido quebrado de forma ilegal, sem devia autorização judicial – apontou.

Flávio Bolsonaro também negou que esteja tentando se esconder atrás do foro privilegiado.

– Só porque eu sou filho do presidente a lei não vale para mim? Eu nunca usei das prerrogativas de deputado para nada. Agora eu quero ser tratado dentro da lei e da Constituição (…) Não estou me escondendo atrás de foro nenhum. O Ministério Público deveria ter informado isso ao Supremo, que é o órgão competente para dizer se a investigação deveria ficar no Rio de Janeiro ou em Brasília. A ideia de fazer isso [acionar o STF] foi simplesmente para cumprir uma obrigação legal – ressaltou.

O parlamentar também disse ver um tratamento diferenciado em relação a ele no caso do relatório do Coaf, já que outros assessores também aparecem no documento.

– Por que não tem o mesmo tratamento com os outros? Quantos assessores dos outros deputados já foram intimados? Quantos já foram ouvidos? Então eu não quero privilégio nenhum. Só quero ter um tratamento dentro da lei, isento e mais nada – explicou.

Sobre o caso, a TV Globo obteve, nesta sexta-feira, acesso ao trecho de um relatório do Coaf sobre as movimentações financeiras do senador eleito. O documento aponta que, entre junho e julho de 2017, uma conta bancária de Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos no valor de R$ 2 mil cada. Todos foram feito dentro de uma agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O Conselho considerou os depósitos como suspeitos.

*Atualizada às 23h20

Leia também1 Deputados do PSL defendem atuação de Flávio Bolsonaro
2 "Não comentarei", diz Mourão sobre caso Flávio Bolsonaro

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.