Henrique Gimenes - 30/01/2019 15h50 | atualizado em 30/01/2019 15h51

O senador eleito, Flávio Bolsonaro, afirmou, nesta quarta-feira (30), que não tem mais nada a dizer sobre o caso do Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf). A declaração foi dada a jornalistas no Congresso Nacional.

O parlamentar foi ao local para fazer o registro biométrico, procedimento que ocorre no início do mandato, já que ele assume na sexta-feira (1º). Ao ser questionado sobre as investigações feitas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRF), Flávio Bolsonaro disse não ter mais o que dizer.

– Eu já falei o que tinha para falar, não tem novidade nenhuma (…) Tem que esperar o Supremo se pronunciar. Está todo mundo vendo que eu sou vítima de perseguição – ressaltou.

O nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, apareceu em um relatório do Coaf com movimentações financeiras “atípicas”. De acordo com o Conselho, a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta era incompatível com seus rendimentos. Os nomes de outros assessores de deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também constam no documento.

Após o relatório, o MPRF abriu investigações sobre o caso, o que fez o Coaf produzir um novo relatório. O segundo documento apontou movimentações suspeitas na conta bancária do senador eleito, como 48 depósitos de R$ 2 mil feitos em um período de um mês. O Conselho também identificou um pagamento no valor de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro.

Sobre as movimentações, o parlamentar afirmou que o pagamento de R$ 1 milhão é referente a um apartamento comprado na planta. Ele explicou que a Caixa pagou a dívida com a construtora e ele ficou devendo o banco.

Ainda de acordo com o senador, o apartamento foi vendido pouco depois e parte do valor foi recebido em dinheiro vivo. Os depósitos foram feitos em 48 envelopes por serem o limite do caixa automático.

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