Filha de Temer cede imóvel para casal de desabrigado por chuvas
"É um gesto de solidariedade", disse Luciana Temer
Pleno.News - 24/02/2023 16h53 | atualizado em 24/02/2023 17h13

Luciana Temer, filha do ex-presidente Michel Temer, colocou seu imóvel, em São Sebastião (SP), à disposição das vítimas das chuvas na cidade. Sem saber, ela abrigou um casal de sorveteiros que ficou sem casa em função das chuvas. As informações são do UOL.
O casal contemplado pela boa ação foi Eliseu Braz, de 42 anos, e Grazielle Pereira, de 28 anos. A casa deles desmoronou junto com a Serra do Mar. Eliseu e Grazielle chegaram a ser abrigados em uma escola, mas ficaram sabendo que a moradora de um condomínio tinha disponibilizado uma casa. Eles foram para o local e, depois, souberam que se tratava de Luciana, uma conhecida cliente da sorveteria.
– Queria abrigar qualquer pessoa, e foi uma coincidência justamente ser alguém que conheço há muito tempo. Quando meus filhos eram pequenos, sempre comprava do Eliseu – relatou a filha do ex-presidente.
Luciana, de 53 anos, é advogada e professora universitária. Ela contou ainda que não estava no local durante o carnaval, mas pensou que seria uma boa ideia poder oferecer a casa a quem estivesse precisando.
– Não estava no carnaval, e fiquei sabendo depois que a casa não tinha alagado com o temporal. Então pensei que seria ótimo receber quem estivesse precisando. É um gesto de solidariedade, mas também é um sinal de conexão, porque uma característica muito especial da Barra do Sahy é a ligação entre toda a população – disse.
Além dela, outros veranistas disponibilizaram suas residências para quem ficou sem casa após as tempestades.
Segundo o Estadão, o número de mortes causadas pelos fortes temporais que atingiram o Litoral Norte de São Paulo subiu para 54. Do total, 53 são em São Sebastião e uma em Ubatuba, segundo o último balanço divulgado às 8h desta sexta-feira (24).
Os trabalhos de buscas entraram no sexto dia. Até o momento, 38 corpos foram identificados e liberados para o sepultamento. São 13 homens adultos, 12 mulheres adultas e 13 crianças.
Equipes do município de São Sebastião, com psicólogas e assistentes sociais, fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. No momento, a prioridade permanece no socorro às vítimas, assim como no atendimento aos 2.251 desalojados e 1.815 desabrigados, de acordo com o governo de São Paulo.
Além da ajuda de um lugar para ficar, Grazielle disse que recebeu atendimento psicológico.
– Descemos a rua e fomos para a casa do nosso senhorio. Só de manhã percebemos que perdemos tudo. Tudo está muito recente. Toda noite tenho pesadelo e revejo as cenas da tempestade. Já consultei até um psicólogo voluntário no abrigo para tentar me acalmar – contou.
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