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Feliciano sobre 2022: “Não é cedo para falar em reeleição”

Deputado mira a vice-presidência ao lado de Jair Bolsonaro

Gabriela Doria - 30/06/2019 18h39

Jair Bolsonaro e Marco Feliciano em viagem pelo Brasil Foto: Reprodução

Vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Marco Feliciano (PODE-SP) é um dos aliados mais próximos do presidente. Desde que Bolsonaro comentou sobre a possibilidade de uma reeleição, durante a Marcha para Jesus, Feliciano se predispôs para ser seu vice, naquilo que chamou de “chapa dos sonhos”.

– Seria interessante ele [Bolsonaro] ter um vice com entrada em um núcleo da sociedade que é extremamente fiel e leal. Não sei se o nome seria o meu. Se ele tem essa proximidade com um grupo que representa 60 milhões de fiéis, que é a comunidade evangélica, é claro que dá um salto muito grande. Essa é uma base social de sustentação muito grande do presidente – argumentou Feliciano ao jornal Estadão.

Embora tenha assumido a Presidência da República há seis meses, Feliciano acredita que não é cedo demais para Bolsonaro falar em reeleição.

– Não tem um lugar em que o Bolsonaro tenha sido vaiado. O povo foi para a rua em defesa dele. Tanto que o povo está defendendo algo que vai tirar direitos. A reforma [da Previdência] vai tirar direitos e o povo quer que vote. Não é cedo para falar em reeleição agora. Outros pré-candidatos já estão em campanha. Ou você tem dúvida de que o [João] Doria é candidato? Que o [Wilson] Witzel é candidato? O Ciro Gomes? Bolsonaro está marcando território. Está dizendo: “Olha, eu vou arrumar a casa. E não vou deixar na mão de um qualquer”. É legítimo – defendeu o parlamentar.

Feliciano, que é um dos maiores expoentes da comunidade evangélica no país, comentou também sobre a aproximação do presidente com os fiéis.

– Eu assumi a vice-liderança do governo no Congresso com a missão de aproximar o presidente de um grupo que é a Frente Evangélica, que representa 1/5 do Parlamento. Entre o fim de abril até agora consegui abrir a porta para o presidente em cinco grandes eventos, nos quais ele falou para 4 milhões de pessoas. Tenho feito a ponte do presidente com os evangélicos.

Crítico ferrenho do vice Hamilton Mourão e de parte da ala militar no governo, Feliciano afirmou que seu pedido de impeachment contra o general foi algo “particular” e que Bolsonaro não se manifestou sobre isso.

– Foi uma questão muito particular minha. Ele [Bolsonaro] é muito ético e jamais falaria de uma pessoa como o Mourão, que é vice dele. Como vice-líder do governo, não pude ficar calado vendo o que estava acontecendo. Um vice-presidente desde o primeiro momento indo para a imprensa e desdizendo tudo o que o presidente dizia. Minando a autoridade presidencial. O pedido de impeachment tinha 13 páginas. Não é um tiro para matar, mas um tiro para o ar, de aviso, para ele saber que tem alguém olhando. Mandei recados pesados para que ele entendesse que a Casa Civil não é a caserna. Porque na caserna manda a hierarquia militar, mas, em uma democracia, manda o presidente – apontou Feliciano.

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