Fausto Jr. diz que Aziz também tem parte em crise no Amazonas
De acordo com o deputado, houve uma "promíscua mistura de corrupção e incompetência"
Pleno.News - 29/06/2021 13h20 | atualizado em 29/06/2021 14h36
O deputado estadual Fausto Vieira dos Santos Junior (MDB-AM) apontou responsabilidade do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), na crise da Saúde no estado, mas afirmou que decidiu não pedir o indiciamento do gestor quando foi relator da CPI da Saúde no Amazonas, no ano passado.
Durante o depoimento à CPI da Covid desta terça-feira (29), o deputado disse que considerou propor o indiciamento de Wilson Lima e até o do presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), ex-governador do estado, mas que essa decisão não foi tomada pelo conjunto de deputados que faziam parte da comissão na Assembleia Legislativa.
– Não somente o governador Wilson Lima; todos têm participação – declarou Fausto Jr., fazendo alusão a Aziz.
O senador Aziz, por sua vez, declarou que o deputado Fausto Jr. foi convocado como testemunha, e não para acusá-lo. Além disso, o presidente da CPI da Covid argumentou que teve os processos aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Fausto Junior foi convocado no Senado por ter sido relator da CPI da Saúde, que investigou a atuação do governo estadual no Amazonas no ano passado. Ele afirmou que houve uma “promíscua mistura de corrupção e incompetência” na crise do sistema de Saúde no Amazonas.
A CPI da Assembleia Legislativa encerrou os trabalhos em setembro de 2020. Por isso, o deputado evitou se aprofundar sobre o colapso no sistema por falta de oxigênio, que ocorreu em janeiro deste ano.
O deputado foi questionado pelos senadores sobre não ter proposto o indiciamento do governador do Amazonas. De acordo com Fausto Junior, as informações que ligavam Wilson Lima à crise na Saúde estavam nas mãos da Polícia Federal, e não da CPI da Assembleia.
Fausto Jr. também evitou falar sobre ações do governo do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que os deputados estaduais não podem investigar o Executivo federal.
De acordo com o parlamentar estadual, a CPI investigou a aplicação de recursos que somaram R$ 1,7 bilhão, dos quais havia indícios de corrupção em 407 milhões, com o pagamento de processos indenizatórios.
– Acredito que havia, sim, recurso. A questão é como esse recurso foi empregado. Nosso relatório serviu como base para três operações da Polícia Federal. Casos que conectaram o governador do estado foram encontrados pela PF, e não pela CPI – disse Fausto Jr.
*AE
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