‘Farra dos Guardanapos’ teria sido comemoração por fraude
Polícia aponta que participantes do jantar em 2012 já sabiam do sucesso do esquema ilícito
Camille Dornelles - 05/09/2017 14h43 | atualizado em 05/09/2017 14h59
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal alegaram, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (5), que a festa conhecida como “Farra dos Guardanapos” poderia ser uma comemoração antecipada do sucesso do esquema de compra de votos. Esses votos seriam para a escolha do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
O evento aconteceu no dia 14 de setembro de 2012 e, segundo a procuradora da República, Fabiana Schneider, a primeira transferência de dinheiro teria sido no dia 23 daquele mês. O destinatário foi Papa Diack, filho do integrante do Comitê Olímpico Internacional, Lamine Diack.
– O que nós temos de informação é que Lamine Diack era um frequentador assíduo de Paris e pode ter havido uma comemoração antecipada daqueles que mais lucraram com a Olimpíada no Brasil – destacou durante a coletiva.
A “Farra dos Guardanapos” foi um jantar ocorrido em 2012 e ficou marcado pelas fotos onde apareciam, usando guardanapos na cabeça, o ex-governador Sérgio Cabral, seu secretário Sérgio Côrtes, o dono da Delta Construção, Fernando Cavendish, e outros ligados ao governo do Rio.