Henrique Gimenes - 07/06/2018 17h59

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta quinta-feira (7), quebrar o sigilo telefônico do presidente Michel Temer relativo ao ano de 2014. O pedido foi feito pela Polícia Federal (PF) e estava no gabinete do ministro desde maio. Ele, no entanto, aceitou a quebra do sigilo dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB-RS), e de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB-RJ).

Com a decisão, Fachin segue a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou contra a quebra de sigilo telefônico de Temer, e a favor da medida para Moreira Franco e Eliseu Padilha.

A PF irá agora apurar um pagamento feito pela Odebrecht no valor de R$ 10 milhões. Segundo o ex-diretor da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, Temer e Padilha teriam recebido o executivo e Marcelo Odebrecht em um jantar no qual ficou acertado o repasse da verba.

O encontro teria acontecido em 2014, quando Temer ainda era vice-presidente. Os investigadores irão localizar telefonemas nas datas apontadas pelos delatores da empresa.

O presidente Michel Temer teve seu nome incluído no inquérito em março deste ano. A investigação apura se a Odebrecht a propina foi paga para que seus interesses fossem atendidos na Secretaria de Aviação Civil, na época comandada por Moreira Franco.

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