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FAB nega acusação de que levou Olavo de Carvalho para os EUA

Aeronáutica chamou acusações de "comentários levianos e irresponsáveis"

Paulo Moura - 21/11/2021 10h21

Olavo de Carvalho Foto: Reprodução / YouTube

A Força Aérea Brasileira (FAB) negou, através de uma nota divulgada neste domingo (21), que tenha levado o filósofo Olavo de Carvalho de volta para os Estados Unidos, no último dia 13 de novembro. A nota veio em resposta a acusações feitas pela escritora Daniela Abade, que publicou no sábado (20) uma série de tuítes acusando a FAB.

De acordo com o comunicado da Aeronáutica, as suposições levantadas são “comentários levianos e irresponsáveis”. A FAB ainda ressalta que o avião que viajou aos Estados Unidos na última semana levava “apenas os tripulantes que cumpriam a missão” designada pela Força Aérea.

– A FAB repudia e não aceita a suposição de que teria participado de algum transporte de passageiro de maneira irregular ou oculta. Todos os atos da Instituição são balizados pela observância às leis e sob a ótica da transparência. A divulgação de inverdades, sem a devida apuração, deve ser combatida, por contribuir para a desinformação – diz.

Nos tuítes de Daniela Abade, ela alegou que Olavo teria usado um avião designado ao ministro das Comunicações, Fábio Faria. No sábado, o próprio Faria reagiu dizendo desconhecer Olavo e chamou as suposições de “maluquices” e “devaneios”. Na nota da FAB, o órgão também negou ter requisitado sigilo aos voos designados aos ministros.

Na última semana, após receber alta de sua quarta hospitalização em 2021, Olavo de Carvalho regressou à Virginia, estado onde mora nos EUA. O filósofo estava no Brasil desde julho deste ano para tratamento médico. Em suas redes sociais, ele disse que seu retorno ao território americano foi repentino.

– Eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino para dali a 15 minutos. Eu não ia perder essa oportunidade – justificou.

Em razão das publicações, parlamentares do PT defenderam investigação para apurar o caso. O deputado Jorge Solla (PT-BA) afirmou que pediria a convocação do comandante da FAB para explicar as acusações. Após isso, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, se colocou à disposição.

Confira abaixo a nota emitida pela FAB, na íntegra:

“Sobre os comentários levianos e irresponsáveis relativos a um voo de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para os Estados Unidos, no dia 13 de novembro, que têm circulado nas redes sociais, a Instituição reitera que não transportou qualquer passageiro, incluindo o Sr. Olavo de Carvalho, no trecho em questão. Apenas os tripulantes que cumpriam a missão estavam a bordo.

A FAB repudia e não aceita a suposição de que teria participado de algum transporte de passageiro de maneira irregular ou oculta. Todos os atos da Instituição são balizados pela observância às leis e sob a ótica da transparência. A divulgação de inverdades, sem a devida apuração, deve ser combatida, por contribuir para a desinformação da sociedade.

A FAB reitera que cumpre o estabelecido pelo Decreto n° 10.267, de 5 de março de 2020, que dispõe sobre o transporte aéreo de autoridades em aeronaves do Comando da Aeronáutica. Ao contrário do que tem sido mencionado sobre o transporte no dia 11 de novembro, a FAB não requisitou sigilo algum aos voos designados para o transporte de Ministros de Estado com intuito de omitir a
visualização em sites de monitoramento, que é perceptível mediante a presença, nas aeronaves, do equipamento ADS-B (Automatic Dependent Surveillance – ou, em português, Sistema de Vigilância Aérea Automático).

Embora as missões dos dias 11 de novembro para São Paulo e 13 de novembro para os Estados Unidos tenham feito uso da aeronave com registro FAB 2582, não há qualquer relação de planejamento entre as duas missões, sendo totalmente incoerente concluir que foi realizado em forma de outros proveitos.

Sobre o planejamento da missão de forma geral, o pouso no aeroporto Mac Arthur em Long Island foi o primeiro realizado nos EUA e programado por motivo de restrição de pátio no aeroporto JFK, que por ser um local de grande movimentação, as autoridades americanas solicitam que o tempo de permanência no solo de aeronaves que não operam regularmente naquela localidade seja de, no máximo, 2 horas, o que inviabilizaria o trajeto direto a este aeroporto.

O pouso em Long Island foi então considerado pelo fato de já ser um local comumente utilizado como base de suporte pela FAB em viagens para Nova York e que o aeroporto está apenas a 32 milhas náuticas, que equivalem a aproximadamente 59 quilômetros e cerca de 10 minutos do destino. Somou-se ainda à decisão do pouso no aeroporto Mac Arthur o fato de possibilitar todo o processo de imigração dos tripulantes e também de não ter passageiros a bordo da aeronave.

A Instituição permanece diuturnamente à disposição da sociedade brasileira, trabalhando para ser uma Força Aérea de grande capacidade dissuasória, operacionalmente moderna e atuando de forma integrada para a defesa dos interesses nacionais. Com o labor ininterrupto de seus militares e civis, atuando de forma transparente, permanece sendo uma das mais respeitadas Instituições do país”.

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