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Ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se torna réu por corrupção

Vaccari e outras quatros pessoas são acusados de desviar mais de R$ 3 milhões

Paulo Moura - 28/08/2021 09h51 | atualizado em 28/08/2021 09h53

João Vaccari Neto Foto: Agência Brasil/ José Cruz

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, duas mulheres que prestavam apoio ao partido e dois executivos da Doris Engenharia se tornaram réus por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo oriundo da Operação Lava Jato.

A denúncia, feita pelo Ministério Público Federal (MPF), foi aceita no último dia 20 de agosto, mas a ação só teve o sigilo retirado nesta quinta-feira (26). O processo tramita na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Luiz Antônio Bonat.

De acordo com os procuradores, o grupo é acusado de desviar mais de R$ 3 milhões de contratos de serviços de engenharia em navios plataforma da Petrobras. Além da condenação, o pedido do MPF também inclui multa pelos valores desviados e pelos danos causados à Petrobras e a solicitação de bloqueio de bens de R$ 7,3 milhões.

A denúncia aponta que os executivos da Doris Engenharia – subsidiária de um conglomerado francês – usaram um operador financeiro para pagar propinas ao ex-gerente-executivo da Petrobras, Pedro Barusco, em troca da obtenção de contratos de prestação de serviços de engenharia de oito navios plataforma da estatal.

Além do então gerente da estatal, segundo a denúncia, Vaccari e o próprio operador financeiro, Zwi Skornicki, também foram destinatários da propina. O MPF aponta que o dinheiro desviado foi repassado inicialmente pelo executivos da empresa de engenharia por meio de contrato fictício com uma empresa de consultoria de Skornicki.

Os procuradores apontam que a propina destinada ao PT foi paga mediante outro contrato fictício com uma empresa do Rio de Janeiro que era controlada por duas irmãs associadas ao ex-tesoureiro. Conforme a denúncia, foram identificadas 27 transferências bancárias entre 2011 e 2014, em um total de quase R$ 650 mil.

O advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o ex-tesoureiro do PT, afirmou que recebeu a informação sobre a denúncia com estranheza e disse que não teve acesso ao processo.

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