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Ex-subsecretária confirma que governo Lula sabia dos atos

Ela atuava no setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal

Marcos Melo - 04/02/2023 18h20 | atualizado em 06/02/2023 11h31

Lula e Dino Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mais uma denúncia evidencia que órgãos do governo Lula (PT) foram alertados sobre os atos violentos no Distrito Federal no dia 8 de janeiro. Desta vez, quem afirma é Marília Ferreira Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), em depoimento à Polícia Federal.

Ela contou que o Supremo Tribunal Federal (STF), o Senado, a Polícia Militar (PMDF), e outros órgãos de segurança, tinham conhecimento acerca das manifestações radicais que ocorreriam em Brasília.

Marília revela que representantes dos órgãos de segurança que participavam de um grupo de WhattsApp chamado “Perímetros de segurança” tomaram ciência da dimensão e da gravidade dos atos no dia 6 de janeiro, ou seja, com 48 horas de antecedência, tempo suficiente para adotar todas as medidas de proteção das instalações públicas.

– Foram informados, nesse período, sobre a chegada de ônibus vindos de várias localidades, com registro das placas, quantidade de pessoas e locais em que os ônibus estavam estacionados no Quartel General do Exército – disse Marília em seu depoimento.

A ex-subsecretária destacou que a SSP estava ciente das manifestações desde o dia 5 de janeiro. No dia seguinte, um relatório de inteligência agrupou todas as informações sobre a possibilidade de invasões que ocupariam prédios públicos, fariam bloqueio de refinaria e distribuidora de combustíveis e possível greve geral no dia 9 de janeiro.

– Foi ressaltado nas frações de inteligência ânimos exaltados de alguns acampados no Quartel-General do Exército; inclusive, com manifestação de intenções de confronto com as forças de segurança – destacou Marília.

– Foram observadas falas de incitação para prática de ações adversas, como ocupações de prédios públicos, todavia sem uma coordenação efetiva. Na noite de 7 de janeiro, porém, os informes recebidos e compartilhados indicavam um clima tranquilo no acampamento e ainda não havia definição sobre a descida dos manifestantes para a Esplanada dos Ministérios – relatou.

No mesmo dia, a subsecretária contou à Polícia que fez contato com o “núcleo de inteligência do STF para iniciar o canal de troca de informações, comunicar que a SI [Secretaria de Inteligência] estava acompanhando toda a movimentação e se colocar à disposição daquela agência”. Ela também emitiu comunicado à Polícia Federal e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), mas não disse se recebeu retorno das instituições.

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