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Ex-sócio de Cerveró vai chefiar setor jurídico da Petrobras

Marcelo Mello foi nomeado pelo atual presidente da empresa, Jean Paul Prates

Paulo Moura - 22/05/2023 15h52 | atualizado em 22/05/2023 17h11

Ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, nomeou, na última sexta-feira (19), o advogado Marcelo Mello para chefiar o departamento jurídico da Petrobras. O nome pode não parecer tão conhecido, mas o profissional ficou famoso em 2015 por admitir que era sócio de uma empresa de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da petroleira que foi condenado na Operação Lava Jato.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Petrobras alegou que “possui um robusto sistema de avaliação para ingressos dos seus executivos” e que “qualquer candidato a funções de gestão na companhia deve atender aos requisitos profissionais e técnicos necessários para a função e requisitos de integridade”.

Apesar da argumentação da empresa, alguns integrantes do conselho de administração não teriam encarado positivamente a escolha de Marcelo Mello. Em razão disso, o colegiado deve dar uma espécie de “resposta” na reunião marcada para o dia 31 de maio. Na ocasião, eles devem pedir que o colegiado passe a ter a competência de aprovar as nomeações de gerentes executivos.

O nome de Mello esteve envolvido em um processo que resultou na condenação de Cerveró em 2015, quando o então juiz Sergio Moro decretou uma pena de cinco anos de prisão para o ex-diretor da Petrobras. Na ocasião, o magistrado entendeu que teria ocorrido lavagem de dinheiro na aquisição de uma cobertura no Rio de Janeiro.

Segundo o então juiz, Cerveró teria constituído uma empresa no Uruguai e, posteriormente, uma subsidiária dela no Brasil. O capital da empresa brasileira teria sido constituído por investimento direto da empresa uruguaia, com o ingresso de R$ 2,6 milhões do exterior. Desse total, R$ 1,532 milhão foram utilizados para a aquisição do imóvel e o restante na reforma da cobertura.

Após a compra do imóvel pela empresa, Cerveró “teria simulado a locação do apartamento para justificar a ocupação do bem”. Juridicamente, a subsidiária brasileira da empresa era representada por Marcelo Mello. O contrato de aluguel foi assinado justamente entre Mello e Patrícia Anne Cerveró, mulher do ex-diretor da estatal.

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