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Ex-secretário relata propinas de R$ 8 milhões para Eduardo Paes

Alexandre Pinto trabalhou na prefeitura do Rio de Janeiro entre 2011 e 2014

Pleno.News - 17/03/2022 09h45 | atualizado em 17/03/2022 10h30

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ex-secretário municipal de Obras do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto, relatou pagamentos de mais de R$ 8 milhões em propinas ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). O ex-chefe da pasta, condenado a 76 anos de prisão, firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Alexandre Pinto trabalhou na prefeitura do Rio entre 2011 e 2014. Na época, Paes era chefe do Executivo municipal pelo MDB e aliado do então governador Sérgio Cabral, do mesmo partido. Em pelo menos três episódios, o ex-secretário disse que Paes cobrou propinas de obras do município. Além disso, Alexandre afirmou que o prefeito direcionou licitações a empresas.

Segundo o delator, Paes pediu R$ 5 milhões para sua campanha ao governo do Rio, em 2014, valor que, segundo ele, viria do contrato de R$ 39,7 milhões para a dragagem do Rio Acari.

Em outro ponto da delação, o ex-secretário acusa o prefeito de cobrar propinas de contratos de R$ 220 milhões para a construção de escolas. Os valores, de acordo com ele, também seriam para a campanha eleitoral e somaram R$ 3 milhões.

Em 2020, Alexandre foi condenado quatro vezes na Lava Jato do Rio pelo juiz Marcelo Bretas. Desde 2018, o ex-secretário buscava firmar um acordo de delação premiada. Foram ainda citados pelo colaborador conselheiros de Contas do município. Um deles é Ivan Moreira, que teria recebido R$ 782 mil para direcionar o contrato para a obra de controle de enchentes do Rio Acari.

DEFESA DE PAES ACUSA DELATOR DE MENTIR
O advogado Ricardo Pieri, que defende Eduardo Paes, afirmou que o prefeito “jamais participou de qualquer esquema de corrupção” e acusou o delator de mentir.

– O sr. Alexandre Pinto apresenta nova leva de mentiras como delinquente confesso, condenado como chefe de organização criminosa, da qual, segundo apurado após ampla investigação, Eduardo Paes jamais fez parte – afirmou.

A Procuradoria-Geral da República disse que não se manifesta sobre “tema protegido por sigilo legal, caso de acordos de colaboração premiada”. Procuradas pelo jornal O Estado de São Paulo, as defesas de Alexandre Pinto e de Ivan Moreira e o Tribunal de Contas do Município não se manifestaram.

*AE

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