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Ex-líder do governo defende Aras de “intimidação” da CPI

Fernando Bezerra disse que a independência dos membros do Ministério Público é uma garantia para a instituição

Paulo Moura - 18/02/2022 07h38 | atualizado em 18/02/2022 09h48

Senador Fernando Bezerra Foto: Agência Senado/Roque de Sá

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que deixou a liderança do governo em dezembro, fez um desagravo (ação de reparar uma afronta) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, após senadores da CPI da Covid pressionarem pela análise do indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e ameaçarem apresentar um pedido de impeachment contra o procurador.

A manifestação foi apoiada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Bezerra classificou a atuação dos senadores da CPI como “intimidação” à Procuradoria. Senadores da CPI ameaçam protocolar um pedido de impeachment contra Aras se a PGR não encaminhar uma decisão sobre o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e de outras autoridades pela comissão.

– O Ministério Público possui independência funcional por força da nossa Constituição. Essa independência dos membros do Ministério Público é uma garantia para a instituição e principalmente para a sociedade brasileira, que deve contar com o pleno exercício de suas atividades [para] ser norteada não por pressões de qualquer natureza, mas unicamente pelo respeito às leis e à Constituição – disse Bezerra em discurso no plenário do Senado.

Um pedido de impeachment depende de autorização do presidente do Senado. No plenário, Pacheco manifestou apoio à defesa de Bezerra e defendeu Aras, aprovado pelos senadores para ocupar o cargo na PGR.

– Externo, de fato, a confiança no bom trabalho da Procuradoria-Geral da República e na qualidade técnica, profissional e humana do Dr. Augusto Aras – disse o presidente do Senado.

Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou, nesta quinta-feira (17), que vai protocolar uma representação contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no Conselho de Ética do Senado. Randolfe tem pressionado o procurador-geral da República a avançar com as investigações contra Jair Bolsonaro após as denúncias encaminhadas pela CPI da Covid.

*AE

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