Ex-assessor de Trump diz que PF queria que ele “assinasse papéis”
Jason Miller foi abordado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF
Pleno.News - 08/09/2021 20h41 | atualizado em 09/09/2021 10h40

Ex-assessor de Donald Trump, Jason Miller foi interceptado pela Polícia Federal (PF), na terça-feira (7), a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista ao programa Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, Miller falou sobre o episódio e relatou o que ocorreu durante as três horas de interrogatório pela qual passou.
A decisão de Moraes está no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos e tinha como objetivo descobrir se Miller teve participação na organização das manifestações de 7 de setembro. Outro americano, chamado Gerald Almeida Brant, também foi interrogado no aeroporto.
Durante sua entrevista, Miller relatou que os agentes que o questionaram não falavam inglês e que uma funcionária do aeroporto precisou atuar como tradutora.
– Eles falaram que eu não estava preso, mas que não estava autorizado a ir embora – apontou.
Ao ser indagado sobre o que foi questionado pelos agentes, o ex-assessor falou sobre a situação insólita pela qual passou.
– Eles colocaram um pedaço de papel na minha frente. Era uma ordem da Justiça, acredito do [ministro Alexandre de] Moraes. Então disseram que eles queriam me perguntar sobre duas investigações sigilosas […] Eu nem conseguia entender o que estava acontecendo. Então disserem que, se eu assinasse os papéis, poderiam ir. Eu não falo português, e eles queriam que eu assinasse um papel – apontou.
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