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Ex-assessor de Lira alvo da PF trabalha na liderança do PP

Operação investiga fraude em equipamentos de escolas públicas de Alagoas

Pleno.News - 02/06/2023 12h31 | atualizado em 02/06/2023 13h03

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Luciano Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), alvo da Operação Hefesto da Polícia Federal (PF), trabalha na liderança do Partido Progressistas (PP) na Casa. Pela função recebe R$ 14,7 mil de salário. Luciano foi indicado para ser assistente técnico no setor em março de 2017, quando o próprio Lira era líder do PP.

A operação da PF investiga suposto superfaturamento na compra de equipamentos de robótica para escolas públicas em Alagoas.

Em abril, após descontos, Luciano ganhou quase R$11 mil pelas funções desempenhadas na Câmara. Ele trabalha por lá desde 2017. O grupo de deputados mais próximos a Lira viu na ação da PF um movimento que pode interessar a adversários políticos no estado e até mesmo ao Palácio do Planalto, que trava uma queda de braço contra o presidente da Casa.

Para não se indispor com o governo e com a PF, os aliados apontam, sob reserva, alguns fatos recentes que indicariam movimentos para fragilizá-lo. Lira segurou o quanto pôde a votação da Medida Provisória de Lula que reestruturou a Esplanada. A MP acabou sendo aprovada em cima da hora, no último dia de vigência.

A operação Hefesto se debruça sobre fraudes que teriam ocorrido entre 2019 e 2022. No centro das suspeitas está a empresa Megalic Ltda. Segundo a PF, a companhia foi apenas intermediária na compra dos kits de robótica pelos municípios alagoanos. Entre os sócios da empresa está Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda, aliado de Lira.

*AE

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