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Ex-aliado do PT, Ciro diz estar ‘muito mais feliz’ com Bolsonaro

Ministro afirma ter "mil vezes mais identificação" com o atual presidente

Thamirys Andrade - 21/12/2021 12h52 | atualizado em 21/12/2021 15h01

Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira Foto: PR/Isac Nóbrega

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse, em entrevista ao vivo ao jornal Valor Econômico, que tem uma identificação muito maior com o presidente Jair Bolsonaro do que tinha com petistas. Antes aliado do PT no Nordeste, Ciro apoiou Fernando Haddad no segundo turno de 2018, mas foi nomeado ministro neste ano para melhorar a articulação do governo Bolsonaro com o Senado e o Centrão.

– Tenho mil vezes mais identificação com o que pensa o presidente Jair Bolsonaro do que eu tinha com o PT. Estou muito mais leve e feliz de estar ao lado de um homem como Bolsonaro e estarei com ele em quantas eleições ele queira disputar – garantiu Nogueira

O ministro-chefe da Casa Civil também disse que recuperação econômica ganhará tração com ajuda do Auxílio Brasil de R$ 400, e, com isso, o cenário eleitoral será “totalmente diferente” até maio.

– De acordo com pesquisas [a] que eu tive acesso, 36% da população que não vota no Bolsonaro disse que votaria se a inflação cair e o emprego aumentar. Esses dois índices são claros [de] que vão acontecer. Até maio, o país estará na recuperação econômica, e o cenário eleitoral estará completamente diferente da pesquisa. O presidente tem o que mostrar, e teremos tempo de televisão para mostrar – disse o ministro na entrevista Valor.

Ciro Nogueira também afirmou que o PT não deve ganhar as eleições na maioria dos estados do Nordeste e que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, está “mais do que convencido” a disputar o governo de São Paulo.

REFORMAS
Durante a entrevista, o ministro-chefe da Casa Civil ainda fez uma cobrança pública para a tramitação da reforma tributária, paralisada no Senado, mas reconheceu as dificuldades de dar andamento à pauta em ano eleitoral.

– Agora, é só a força popular. As pessoas vão ter que explicar por que isso [a reforma] não está andando.

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