‘Estudo mostra que cloroquina reduz permanência em UTI’
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, trabalho aponta redução do tempo médio de internação
Henrique Gimenes - 31/03/2020 19h42

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, nesta terça-feira (31), que um estudo mostra que o uso da cloroquina em pacientes com Covid-19 reduz o tempo “tempo médio de permanência” no centro de terapia intensiva (CTI). De acordo com ele, os resultados devem ser publicados nas próximas 40 horas.
A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva para falar dos dados do coronavírus no Brasil. Mandetta disse que o trabalho será publicado em revistas científicas.
– Hoje a Secretaria de Ciência e Tecnologia [do Ministério da Saúde], o [secretário] Denizar Viana comunicou que o primeiro trabalho sobre cloroquina compilado dever ser publicado em revista científicas nas próximas 40 horas. Basicamente mostra que houve uma redução no tempo médio de permanência no CTI [centro de terapia intensiva], naqueles pacientes que usaram, independentemente da associação com qual antibiótico. É um primeiro passo, um primeiro paper que vem, e ajuda na conta que a gente tem que fazer de quantos leitos de CTI a gente precisa – explicou.
Apesar do estudo, o ministro afirmou que ainda não há nenhum estudo apontando que o medicamento tenha ação de prevenção em casos leves de Covid-19.
– Não tem evidência ainda que pode usar profilático, muito menos nas pessoas que não têm estado grave. Ainda não tem estudo – ressaltou.
A cloroquina é um medicamento usado no tratamento de outras enfermidades, como a malária, a artrite e o lúpus.
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