Henrique Gimenes - 23/01/2020 20h32 | atualizado em 23/01/2020 21h18

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não está falando com jornalistas porque não quer “mais magoar” a imprensa. Em uma transmissão pelo Facebook nesta quinta-feira (23), ele voltou a criticar um levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) dizendo que ele era o maior responsável pelos ataques a jornalistas.

Desta vez, a live não foi realizada ao vivo, já que o presidente está em viagem à Índia. Ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, Bolsonaro afirmou que só deve voltar a dar entrevistas quando a Fenaj mudar seu posicionamento.

– A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) está me dizendo que a imprensa sofreu violentos ataques no ano passado. E [ela afirma que] 58% dos violentos ataques quem desferiu fui eu. Então estou há alguns dias sem falar com a imprensa porque eu não quero mais magoar. Eles estão reclamando. Então eu quando a Federação mudar seu posicionamento, eu volto a falar – explicou.

O presidente também lembrou que deu diversas entrevistas em 2019, mas disse que as vezes responde de forma mais exaltada porque é um “ser humano”.

– No ano passado, nos seis primeiros meses, eu atendi mais de 100 jornalista. Durante uma semana, deu quase três horas de conversa com a imprensa. Agora, quando algum jornalista fica ali abusando, a gente responde de forma um pouco exaltada porque somos seres humanos – ressaltou.

Para Bolsonaro, a Fenaj acha que ele precisa “ser subserviente” aos jornalistas.

– Aí a Federação não gosta, acha que eu tenho que ser subserviente, servil e eternamente educado com ele. Até que eu estou sendo, mas tudo bem – destacou.

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