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Estadão diz que Lula demonstra “amadorismo” em 3° mandato

Segundo o jornal, o Congresso tem mostrado ao presidente "quem manda"

Thamirys Andrade - 01/06/2023 17h08 | atualizado em 01/06/2023 17h56

Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR

O jornal O Estado de São Paulo avaliou, em novo editorial publicado nesta quinta-feira (1°), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem tomando uma “surra” do Parlamento, tendo que engolir sucessivas derrotas. Para o periódico o petista tem demonstrado “espantoso amadorismo” ao “ignorar que o espectro ideológico majoritário da sociedade brasileira ainda se inclina para uma direita conservadora, como está refletido na composição do Congresso”.

– O presidente, a quem sempre se atribuíram muitos predicados políticos, mostra espantoso amadorismo ao ignorar que o espectro ideológico majoritário da sociedade brasileira ainda se inclina para uma direita conservadora, como está refletido na composição do Congresso. O eleitorado, por margem muito estreita, repeliu Bolsonaro porque rechaça o extremismo bolsonarista, e não por morrer de amores por Lula – escreveu o jornal.

Segundo o editorial, o cenário mudou desde os dois primeiros mandatos de Lula, e atualmente é o Congresso que dita os rumos do país, não o Executivo por si só. Como exemplo, o texto enumera a aprovação do marco temporal, as dificuldades envolvendo a articulação da medida provisória que reestrutura os ministérios, e as alterações no arcabouço fiscal.

– Ademais, diferentemente do que acontecia duas décadas atrás, no primeiro mandato de Lula, o Congresso dispõe de instrumentos para fazer valer suas vontades muitas vezes à revelia do Executivo. Ou seja, o presidente deve ter ainda mais aberto ao diálogo e à negociação, aceitando o fato de que tem menos poder para ditar a agenda do país e que, por isso, deve se entender com as lideranças desse Congresso em que o governo é gritantemente minoritário – acrescentou.

Para o periódico, o presidente se apresenta como um injustiçado e enxerga em seu novo mandato uma “espécie de indenização que o país lhe devia pelos 500 e tantos dias na cadeia”.

– Trata-se de um equívoco de múltiplas dimensões, que pode comprometer todo o exercício de seu terceiro mandato presidencial – alertou o Estadão.

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