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Estadão critica Lula: “Quer fazer o Brasil andar para trás”

Para jornal, presidente demonstra natureza autoritária ao tentar reverter privatização da Eletrobras

Pleno.News - 10/05/2023 12h29 | atualizado em 10/05/2023 13h54

Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EFE / André Borges

O jornal O Estado de São Paulo segue publicando editoriais para expressar sua insatisfação com rumos tomados em Brasília. Após sucessivas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), o periódico direcionou suas admoestações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que o petista “quer fazer o relógio do Brasil andar para trás” ao tentar revisar decisões tomadas durante o governo anterior, como a privatização da Eletrobras ou o Marco do Saneamento.

Para o veículo, tais atitudes do chefe do Executivo representam um desrespeito não somente ao Congresso, mas também a “muitos eleitores que nele votaram não por simpatizarem com a embolorada agenda lulopetista”, mas como um contraponto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PT).

– No discurso, Lula da Silva se opõe às privatizações porque as considera “um crime de lesa-pátria”, como classificou o caso da Eletrobras, “um patrimônio deste país”, segundo disse. Na prática, contudo, muitas estatais servem como cabide de emprego para arregimentar apoio político, fundamental para um governo incompetente na articulação com o Congresso, e de quebra para acomodar sindicalistas companheiros. Por isso, quanto mais estatais, melhor para os estatólatras – escreveu o jornal.

Editorial do Estadão Foto: Reprodução

Na sequência, o texto cita a preocupação dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em relação às tentativas do Planalto de reverter decisões que foram amplamente debatidas no Congresso.

– O presidente da Câmara, Arthur Lira, classificou como “preocupante” a fixação do presidente em reverter a privatização da Eletrobras no Supremo Tribunal Federal. (…) Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lembrou que a privatização da Eletrobras “foi algo muito debatido na Câmara e no Senado”, que o novo status da empresa “é uma realidade” e que seria “mais útil ao Brasil” discutir reforma tributária e o novo regime fiscal – pontuou o jornal.

Para o Estadão, ao tomar tal postura, Lula se torna “incapaz de vencer sua natureza autoritária, convenientemente camuflada pelo figurino do democrata que se apresentou” nas eleições. A esperança do periódico é que o Supremo Tribunal Federal (STF) freie “o ímpeto revisionista que anima o Palácio do Planalto”.

– Quando fala em reverter a privatização da Eletrobras, Lula está movido apenas pelo desejo de desfazer tudo o que foi feito depois da estrepitosa ruína petista, marcada por escândalos de corrupção, por uma brutal recessão e pelo justíssimo impeachment de Dilma Rousseff. Lula quer fazer o relógio do Brasil andar para trás. Cabe ao Supremo dizer a ele que isso não pode – conclui o texto.

No fim do último mês, o jornal publicou outro editorial crítico a Lula, apontando uma “política de destruição de marcos republicanos tais como a lei das estatais, o marco legal do saneamento, a reforma do ensino médio, entre outros”. O periódico também vem fazendo críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por interferências em atribuições do Legislativo.

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