‘Esse defunto foi enterrado’, diz Barroso sobre o voto auditável
Tribunal Superior Eleitoral abriu o código-fonte das urnas nesta segunda-feira
Henrique Gimenes - 04/10/2021 19h54 | atualizado em 05/10/2021 11h55
Nesta segunda-feira (4), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falou sobre a questão do voto impresso auditável no Brasil e apontou que “esse defunto foi enterrado”. A declaração foi dada por ele após cerimônia da abertura do códigos-fonte das urnas eleitorais.
– Acho que, finalmente, esse defunto foi enterrado – disse o ministro.
No TSE, Barroso recebeu presidentes de 22 partidos para a abertura dos códigos-fonte e de outros programas para as eleições. A Corte decidiu realizar a medida um ano antes do normal como uma de suas políticas para a transparência eleitoral.
No evento, Barroso disse que os partidos sempre foram convidados para o evento, mas que não compareciam por confiar nas urnas.
– Tradicionalmente, os partidos políticos eram convocados a participar desse processo, a fiscalizar o desenvolvimento do programa. Na prática, eles confiavam tanto no sistema que, simplesmente, não compareciam. Portanto, tivemos a preocupação de tentar mudar esse comportamento e fazer os partidos participarem do processo, para terem certeza da sua transparência, segurança e idoneidade – destacou.
O presidente do TSE ainda disse ter ficado feliz com o elogio feito pelo presidente Jair Bolsonaro à presença de um militar na Comissão de Transparência eleitoral.
– Fico extremamente feliz que ele tenha se convencido de que não tem problema no voto eletrônico. Ninguém é melhor nem pior do que ninguém. A presença das Forças Armadas é importante. Há um contrato e é um setor representativo da sociedade. Tem os olhos de toda a sociedade – apontou.
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