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Esquerda aciona STF por reunião de Bolsonaro com embaixadores

Na ocasião, presidente questionou a segurança do sistema eleitoral brasileiro

Thamirys Andrade - 19/07/2022 13h39 | atualizado em 19/07/2022 14h22

STF Foto: STF/SCO/Dorivan Marinho

Deputados de oposição protocolaram, nesta terça-feira (19), uma notícia crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Os parlamentares querem que o chefe do Executivo seja investigado por sua reunião com embaixadores realizada nesta segunda (18), ocasião em que o líder brasileiro voltou a pôr em dúvidas a segurança do sistema eleitoral do país.

– Utilizando-se da estrutura pública do Palácio do Planalto e todo o suporte dos órgãos públicos do Poder Executivo, o representado convidou embaixadores de diversas nações estrangeiras para uma reunião em que o tema foi mais uma vez um despropositado e absolutamente infundado ataque ao sistema eletrônico de votação adotado no País desde o ano de 1996, sem nenhum indício, mínimo que seja, de mácula no resultado das eleições – diz o texto, que é assinado por parlamentares do PT, PSB, PV, PCdoB, Rede, PSOL e Solidariedade.

Segundo informações da CNN Brasil, no documento, os autores pedem que Bolsonaro seja investigado por crime contra o Estado Democrático de Direito e instituições democráticas. Caso não seja viável, eles solicitam a apuração de crime de incitação das Forças Armadas contra o Tribunal Superior Eleitoral e improbidade administrativa.

Os deputados também pedem que a representação seja encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ao Ministério Público Eleitoral (MPE) para que haja investigação de supostos crimes eleitorais, propaganda eleitoral antecipada e abuso do poder político e econômico.

Durante encontro com embaixadores de cerca de 40 países nesta segunda, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro falou sobre um inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a invasão de um hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O órgão informou em outras oportunidades que esse acesso foi bloqueado e não interferiu nos resultados. O presidente já recorreu a esse inquérito em outros momentos para apontar suposta fragilidade na segurança das urnas.

O chefe do Executivo também aproveitou o evento para criticar o adversário Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência, além dos ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF. Fachin também é o presidente do TSE, mas será substituído por Moares de forma oficial no dia 16 de agosto.

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