Gabriela Doria - 31/10/2017 20h53 | atualizado em 01/11/2017 10h17

Eduardo Cunha rejeitou a possibilidade de fazer uma delação premiada para a Procuradoria-Geral da República. Preso desde de outubro do ano passado, o ex-presidente da Câmara dos Deputados está participando de audiências na Justiça Federal de Brasília. Ele responde a processos sobre irregularidades na concessão de empréstimos pela Caixa Econômica Federal.

No último sábado, o ex-deputado havia desistido, pelo menos por enquanto, de propor um novo acordo de delação premiada para a PGR. Eduardo Cunha, que já teve a delação premiada negada quando Rodrigo Janot ainda era chefe do Ministério Público, decidiu esperar pelo julgamento de sua apelação ao Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4). A decisão deve sair em novembro.

Também nesta terça-feira, Lúcio Funaro finalizou seu depoimento à Justiça. Funaro é apontado como operador do esquema de propinas envolvendo políticos do PMDB, incluindo Eduardo Cunha. Em seu depoimento, ele reafirmou que o ex-presidente da Câmara recebeu propina enquanto ainda estava no mandato. Eduardo Cunha rebateu a acusação.

– É mentiroso contumaz e tem que sustentar a mentira dele – declarou Cunha.

Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro. Ele foi sentenciado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

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