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Ernesto: ‘Relação com nazismo deixa a esquerda apavorada’

Ministro de Relações Exteriores voltou a comentar o assunto neste sábado

Henrique Gimenes - 30/03/2019 20h40 | atualizado em 30/03/2019 20h48

Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo Foto: EFE/Antonio Lacerda

Neste sábado (30), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, voltou a comentar um assunto polêmico, a conexão entre o nazismo e a esquerda. Em seu blog pessoal, o chanceler publicou um artigo e disse que “esquerda fica apavorada cada vez que ressurge o debate sobre a possibilidade de classificar o nazismo como movimento de esquerda”.

O texto foi uma resposta às críticas que recebeu após ter dito ao canal Brasil Paralelo, no YouTube, que “fascismo e nazismo são fenômenos de esquerda”.

– Uma coisa que eu falo muito é dessa tendência da esquerda de pegar uma coisa boa, sequestrar, perverter e transformar numa coisa ruim. É mais ou menos o que aconteceu com esses regimes totalitários. Isso tem a ver com o que eu digo, que fascismo e nazismo são fenômenos de esquerda – afirmou na ocasião.

Em seu texto neste sábado, Ernesto Araújo comenta as críticas e diz que opinou que o nazismo era “de esquerda, e imediatamente a esquerda (junto com o mainstream por ela dominado sem o saber) chegou correndo com seus extintores de incêndio, ou melhor, seus extintores de verdade, tentando apagar essa ideia”.

O ministro se aprofunda no tema e aponta que “o nazismo tinha traços fundamentais que recomendam classificá-lo na esquerda do espectro político. O nazismo era anti-capitalista, anti-religioso, coletivista, contrário à liberdade individual, promovia a censura e o controle do pensamento pela propaganda e lavagem cerebral, era contrário às estruturas tradicionais da sociedade. Tudo isso o caracteriza como um movimento de esquerda”.

De acordo como chanceler, “o nazismo era anti-liberal e anti-conservador. A esquerda também é anti-liberal e anti-conservadora. Já a direita foi em alguns casos anti-liberal (durane o Século XIX na Europa, por exemplo), em outros casos anti-conservadora (ou pelo menos não-conservadora, indiferente aos valores conservadores, como no caso do neoliberalismo recente), mas nunca foi anti-liberal e anti-conservadora ao mesmo tempo. Em tal sentido, o nazismo se sente muito mais confortável no campo da esquerda do que no da direita”.

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