Marcos Melo - 19/11/2024 16h45 | atualizado em 19/11/2024 18h25

A deputada federal autora da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa extinguir o regime 6×1, Erika Hilton (PSOL-SP), empregou em seu gabinete sete doadores de sua campanha para a Câmara Federal nas eleições de 2022. Seis deles ainda constam vinculados ao gabinete da parlamentar.

Um dos doadores, Flávio Siqueira Júnior, não foi apenas administrador-financeiro da campanha de Érika, como cedeu um veículo à então aspirante ao parlamento federal. Ele doou R$ 8 mil e, em fevereiro de 2023, foi empregado no gabinete da deputada com salário líquido de R$ 13,3 mil mensais.

Gabriel da Silva Lindenbach doou R$ 3 mil via Pix para a campanha. Ele foi contratado com salário líquido de R$ 13,2 mil.

João Carlos Tavares Júnior, que cedeu um veículo para a campanha e ainda atuou como segurança, foi contratado em novembro de 2023 e hoje goza de uma remuneração bruta de R$ 13,8 mil.

Os outros nomes que atuaram na campanha e hoje ocupam cargos no gabinete de Érika Hilton são Giovanna Ferreira Oliveira, Matheus Nigro e Maria Fernandes, todos têm salários líquidos inferiores a R$ 5 mil.

Cínthia Maria Gomes, que já não atua mais no gabinete, havia doado R$ 9 mil e entre julho de 2023 e maio de 2024 recebeu salário líquido de R$ 8 mil.

Não há ilegalidade na contratação de pessoas que efetuam doação para campanhas políticas, mas entidades que primam pela transparência têm se movimentado no sentido de criar medidas para estancar esse tipo de conduta, que fere os mais nobres princípios da administração pública.

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