Empresários saem preocupados de jantar com Gleisi
Participantes do evento ficaram incomodados com política econômica de Lula
Pleno.News - 06/04/2022 13h21 | atualizado em 06/04/2022 16h38
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, participou de um jantar com 30 grandes empresários e executivos do setor financeiro na última segunda-feira (4). Segundo participantes do encontro relataram à CNN Brasil, os empresários saíram do evento preocupados com a política econômica de Lula.
De acordo com um dos presentes, o “clima foi cordial, mas o conteúdo foi horroroso”. O discurso de Gleisi foi comparado pela fonte com a política econômica de Dilma Rousseff, que hoje o PT tenta encobrir na campanha de Lula.
Na ocasião, Gleisi estava acompanhada do economista Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator. O jantar foi realizado na casa do empresário João Camargo, do grupo Esfera Brasil. Esse foi o primeiro de vários encontros que o setor privado realizará com presidenciáveis. Segundo a Folha de S.Paulo, parte dos convidados possui uma forte proximidade às políticas do presidente Jair Bolsonaro.
Entre os pontos abordados por Gleisi, que foram considerados problemáticos por empresários, está o discurso contrário às privatizações e a defesa de que o Estado deve ser o gerador de crescimento do país.
– Somos contra as privatizações. Hoje o investimento está em 14% do PIB, porque as estatais estão sendo vendidas e não fazem o papel de indutor dos investimentos – teria declarado Gleisi na ocasião.
A dirigente do PT ainda afirmou ser contra a reforma administrativa e criticou o lucro da Petrobras. Ela também classificou a remuneração da diretoria da petroleira como um “absurdo”: “Meu Deus para que tanto?”, teria dito Hoffmann.
Outra fala de Gleisi, que desagradou parte da plateia, foi seu aceno à retomada dos investimentos públicos em refinarias de petróleo para amenizar o preço dos combustíveis.
Na avaliação de participantes ouvidos pelo periódico, o “ponto alto” do evento foi quando Gleisi afirmou que Roberto Campos Neto será mantido no posto de presidente do Banco Central.
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