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Empresário diz que não poderá depor à CPI devido à quarentena

Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, está com depoimento marcado para esta quarta-feira

Pleno.News - 22/06/2021 16h30 | atualizado em 22/06/2021 18h17

Cúpula da CPI da Covid Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues

Sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, cujo depoimento à CPI da Covid está marcado para esta quarta-feira (23), enviou ofício à comissão em que afirma que não poderá comparecer à sessão. Para justificar a falta, a defesa de Maximiano alega que o empresário desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no último dia 15, vindo de uma viagem que fez à Índia, o que o obrigaria a cumprir uma quarentena de 14 dias.

“A Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (PVPAF-Guarulhos), com fulcro na portaria 654.20211, determinou ao peticionário o cumprimento de quarentena obrigatória pelo prazo de 14 (quatorze) dias, o impossibilitando de se deslocar até Brasília para a sessão a ser realizada no próximo dia 23.06”, escreveu a defesa do empresário em comunicação ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

Apesar de a convocação de Maximiano ter sido aprovada no último dia 16 e de a data do depoimento ser conhecida desde a semana passada, o ofício foi enviado à CPI da Covid apenas nesta terça-feira (22).

“Ante a ordem expressa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estes subscritores servem do presente para comunicar a impossibilidade de comparecimento do Sr. Francisco Maximiano à reunião designada para o próximo dia 23.06, em respeito às normas de segurança do país”, concluíram os advogados do empresário.

Francisco Maximiano foi convocado para falar à CPI em razão do papel da Precisa Medicamentos na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo brasileiro. Uma reportagem do Estadão mostrou hoje que o Executivo teria adquirido o imunizante por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante.

Diferente dos demais imunizantes, negociados diretamente com seus fabricantes (no país ou no exterior), a compra da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa. Ainda na semana passada, a CPI da Covid autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de Maximiano.

Mais cedo, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou como “absurda” a negociação do governo para a compra da vacina e afirmou que Maximiano poderá ser alvo de uma condução coercitiva se não comparecer à comissão.

– Nós vamos aprofundar. Nesta semana, teremos um olhar especial para a negociação da Covaxin, que parece absurda sobre qualquer aspecto […] Era a vacina mais cara, com o mais demorado calendário” – disse Renan Calheiros em entrevista a jornalistas no Senado.

Renan chamou a atenção para o fato de a Covaxin ser a única vacina comprada pelo governo brasileiro por meio de um “atravessador”; no caso, a empresa Precisa.

*AE

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