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Em um mês, deputado gasta R$ 240 mil de cota em papelaria

Alex Manente pagou pela produção de milhares de boletins informativos, envelopes, pastas e papéis timbrados

Paulo Moura - 29/05/2023 14h27 | atualizado em 29/05/2023 16h51

Deputado Alex Manente Foto: Câmara dos Deputados/Bruno Spada

O deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) utilizou R$ 240 mil de sua cota parlamentar em um único mês de 2022 na aquisição de milhares de itens de papelaria que incluíram envelopes, cartões de visita, papéis timbrados, pastas e boletins informativos. O parlamentar, que está em seu terceiro mandato na Câmara, é vice-líder da Federação PSDB/Cidadania na Casa.

O valor está dividido em apenas duas notas fiscais emitidas no dia 27 de dezembro do ano passado e apresentadas pelo congressista à Câmara para comprovar gastos da cota parlamentar. A primeira, de R$ 166,6 mil, é referente à produção de 170 mil boletins informativos sobre o mandato de Manente.

Já a segunda, emitida apenas meia hora depois da nota de R$ 166 mil, possui o valor de R$ 73,4 mil e é referente à compra de 10 mil envelopes ofício timbrados, 5 mil envelopes saco timbrados, 15 mil cartões de visitas laminados, 3 mil pastas canguru timbradas e 50 mil unidades de papel timbrado A4.

Apenas os dois valores, somados, já totalizam 56,7% de toda a cota parlamentar gasta por Manente ao longo de 2022. A cota pode ser usada pelos deputados para custear despesas com aluguel de escritório no estado, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro, combustível, material de escritório, entre outras.

As notas utilizadas para justificar as despesas foram emitidas pela Lanagraf Serviços Gráficos, gráfica localizada em São Bernardo do Campo, em São Paulo. A empresa fica no mesmo endereço e possui os mesmos donos da Adaprint Artes Gráficas, que recebeu R$ 300 mil da campanha de Manente nas eleições de 2022 para produção de materiais gráficos.

Apesar do gasto expressivo com os itens de papelaria e boletins informativos, as despesas com serviços postais declaradas pelo deputado ao longo do ano passado foram de apenas R$ 623,27. Em janeiro deste ano, mês ao seguinte à emissão das notas fiscais, o valor dispensado foi de R$ 37,47.

Ao portal UOL, Manente justificou que os envelopes são entregues para as pessoas do seu colégio eleitoral como parte de sua prestação de contas, por isso o baixo valor de serviços postais. Ele também alegou que o valor gasto com itens de papelaria, apesar de ter sido registrado em dezembro, é relativo a todo o ano passado.

– Não sou o que mais gastou, o que mais consumiu verba pública. Eu deixei de utilizar os recursos que tenho direito na cota. (…) É no mês [de dezembro] porque a nota foi no mês, mas vale para o ano inteiro – declarou.

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