Em sessão da CCJ, deputados se chamam de “hiena” e “asno”
Troca de ofensas aconteceu durante discussão sobre da PEC da prisão após segunda instância
Henrique Gimenes - 16/10/2019 20h05 | atualizado em 17/10/2019 08h14
Nesta quarta-feira (16), deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados trocaram ofensas e farpas durante a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da prisão após a condenação em segunda instância. Durante o bate-boca, parlamentares se chamaram e “hiena” e “asno”.
Durante a sessão, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) se posicionou contra a PEC por considerar que o texto ataca direitos individuais. Ela também chamou os parlamentares da direita de ““hienas que sempre gritavam”.
– Me parece estranho que não seja relevante a alguns parlamentares, porque a Constituição é a garantia da democracia apesar de algumas hienas sempre gritando. É a garantia dos direitos individuais (…) e existirem liberais ainda nesta comissão e não apenas a extrema direita, nós teremos que pensar que o Estado não pode tudo contra os indivíduos. Estes elementos não são de uma cartilha comunista, socialista e esquerdista, são elementos do fundamento do estado de direito, que as hienas não estudam, porque basta ser de extrema direita – destacou.
Pouco depois, foi a vez do deputado pastor Eurico (Patriota-PE) responder. O parlamentar afirmou que “se ele era hiena, ela fazia parte da família de asnos e asnas”.
– Na condição de hienas como fomos chamados por uma asno que está presente aqui, eu acho que estão baixando o nível. Eu gostaria que essas pessoas, que querem humilhar os demais aqui, possam repensar que, se nós somos hienas, eles fazem parte das famílias de asnos e asnas – destacou.
Apesar da confusão, a relatora da PEC, Caroline de Toni (PSL-SC), conseguiu apresentar seu parecer a favor da emenda.
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