Camille Dornelles - 09/08/2019 12h07

Nesta sexta-feira (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, crítico da Operação Lava Jato, exaltou a divulgação de mensagens trocadas por membros da força-tarefa, nas quais foi mencionado.

– Certamente, juiz não pode ser chefe de força-tarefa. Ele não pode se integrar numa força-tarefa. Daqui a pouco alguém dirá: ele trabalhou tanto que pode até reivindicar salários na Justiça do Trabalho, acumulou funções – declarou.

Ele também reiterou ataques ao ministro Sergio Moro e a procuradores do Ministério Público Federal.

– Em relação aos procuradores, vocês têm visto tudo aquilo que fala: perseguição, combinação. Obter vantagens, oferecer palestrar, ganhar dinheiro, monetizar a Lava Jato. Imagine isto! Estado de Direito é um modelo em que não há soberanos. Todos estão submetidos à lei. Portanto esse modelo que se desenhou, essa chamada “república de Curitiba”, isso não tem abrigo na Constituição – criticou a jornalistas.

As alegações foram feitas antes de uma palestra dada por ele na Associação dos Advogados de São Paulo, na capital paulista. Enquanto criticava os procuradores por oferecerem palestras, ouviu os gritos de “fora Gilmar” de um grupo de manifestantes do lado de fora do prédio.

– Está escrito na Constituição. Eu não posso usar a função pública para ganhar dinheiro fora daquilo que eu já ganho – disse.

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