Em live, Bolsonaro diz que é censurado no WhatsApp
Presidente realizou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais ao lado do apóstolo Valdemiro Santiago
Henrique Gimenes - 12/07/2019 16h45 | atualizado em 12/07/2019 17h08
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), criticou nesta sexta-feira (12) a limitação no encaminhamento de mensagens pelo aplicativo WhatsApp, considerado a medida, em vigor desde janeiro, uma forma de censurá-lo.
Nas eleições do ano passado, bolsonaristas tiveram como uma das principais estratégias de campanha a atuação por meio de redes sociais e aplicativo de mensagens.
Em janeiro deste ano, o WhatsApp anunciou a limitação do número de destinatários para encaminhar mensagens, permitindo apenas cinco por vez.
– Uma maneira de me cercear foi diminuir o alcance do WhatsApp – disse Bolsonaro nesta manhã em uma live ao lado do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, e do deputado federal Missionário José Olimpio (DEM-SP), ligado à mesma igreja.
– Há censura em cima disso. Temos que lutar contra isso – afirmou o presidente, que também reclamou da diminuição de seu alcance no Facebook.
Bolsonaro entrou neste assunto ao dizer, sem mencionar o nome do partido, que o PT quis censurar a mídia e que ele jamais faria isso.
O presidente disse que ele trabalha pela liberdade de imprensa, apesar de afirmar que raramente lê os jornais porque, caso contrário, “começo envenenado o meu dia”.
Ao longo da live, Bolsonaro disse que, independentemente do que faça, será alvo de críticas, mas ponderou que “muitas vezes a crítica nos reorienta”.
Bolsonaro disse querer deixar o Brasil melhor para todo mundo e que pressionará sua assessoria para encaminhar logo ao Congresso um projeto de lei que estabeleça o voto impresso. Depois disso, afirmou não ter projeto de poder.
– Eu não tenho um projeto de poder como a gente sabe que o outro partido lá atrás tinha. E o poder é baseado em mentira e assalto ao bem público”, afirmou.
Bolsonaro disse saber que há pessoas mais preparadas, mas que é ele quem está na posição de decidir o futuro dos brasileiros.
“Sei que tem muita gente mais competente do que eu, mais preparada que eu, sei disso. Mas daqueles 13 candidatos [na última eleição presidencial], você tinha que escolher alguém (…) Quer você queira ou não, a minha caneta BIC aqui decide o futuro da sua vida – disse aos internautas.
Em um momento de descontração, brincou que um chapéu da grife do Apóstolo Valdemiro custava R$ 5.000. O apóstolo disse que o preço era R$ 59,90, mas que estava em promoção, por R$ 52.
“Autorizei baixar o preço”, disse o líder religioso.
– Se o Paulo Guedes [ministro da Economia] cair, você vai ser meu ministro da Economia. Está baixando o preço das coisas – reagiu Bolsonaro.
Posted by Jair Messias Bolsonaro on Friday, July 12, 2019
*Folhapress
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