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Em baixa, Lula realiza o evento “Brasil dando a volta por cima”

Solenidade busca enaltecer feitos do governo petista

Pleno.News - 03/04/2025 12h31 | atualizado em 03/04/2025 13h02

Presidente Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR

Começou na manhã desta quinta-feira (3) o evento do governo federal de balanço das principais entregas da gestão nos últimos dois anos. Com o mote “O Brasil dando a volta por cima”, a cerimônia reforça a polarização com Jair Bolsonaro (PL), com a intenção de explicar como o país estava quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu no início de 2023, comparando-o a como está agora.

A cerimônia ocorre em um momento de baixa popularidade do governo, conforme apontam pesquisas recentes.

Lula chegou ao evento com cerca de uma hora de atraso acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro da Secretaria da Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira. O petista cumprimentou os ministros presentes e tirou algumas fotos. Na plateia, surgiram gritos de “sem anistia”.

O objetivo do evento é dar visibilidade e transparência às ações do governo e frear a queda de popularidade da gestão. A avaliação do Palácio do Planalto é que as pessoas conhecem pouco das políticas públicas que as atingem diretamente, mas não têm uma visão geral de tudo o que foi anunciado desde o começo do terceiro mandato de Lula.

No folheto entregue aos presentes antes da cerimônia, o governo destaca vários dados dos últimos dois anos. Na lista, o “menor desemprego dos últimos 12 anos”, a volta do Brasil ao “top 10 das economias do mundo”, a alta real do salário mínimo, o Pé-de-Meia e etc.

O documento também destaca a política de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda feita pelo governo federal. Segundo a gestão, já foram isentadas 10 milhões de pessoas com renda de até dois salários mínimos. Além disso, destaca o projeto de lei enviado para o Congresso para isentar pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês do IR.

A cerimônia já estava sendo planejada há semanas, mas acontece um dia depois da nova divulgação da pesquisa Genial/Quaest. O levantamento mostra que a aprovação do governo voltou a cair e atingiu o pior patamar desde o início da gestão em janeiro de 2023. O índice de desaprovação, que era de 49% em janeiro, passou para 56% no mês de março. A aprovação, por sua vez, caiu de 47% para 41%.

O principal mote do governo é que seja reforçada a narrativa de que o Brasil está “dando a volta por cima” depois da gestão de Bolsonaro. A insistência na polarização com o governo passado é uma estratégia de Sidônio Palmeira desde que assumiu a Secom, em janeiro deste ano. Com isso, a gestão pretende dizer que conseguiu “unir” o povo brasileiro e “reconstruir” o país – em uma referência ao slogan “União e Reconstrução”.

*AE

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