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Em análise, Coppolla ‘destrincha’ decisão de Fachin sobre Lula

Comentarista também fez críticas ao Supremo Tribunal Federal

Pleno.News - 11/03/2021 14h55 | atualizado em 11/03/2021 16h32

Caio Coppolla Foto: Reprodução

Após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na operação Lava Jato, o jornalista Caio Coppolla decidiu se manifestar. Em um vídeo publicado no YouTube, ele fez uma análise certeira sobre o episódio e explicou que “a atuação do Supremo Tribunal Federal não é mais jurídica como deveria ser. A atuação do Supremo é política”.

O ministro decidiu anular as condenações por entender que a Justiça Federal do Paraná não teria competência para julgar os casos. Os processos foram encaminhados à Justiça do Distrito Federal.

Em seu Boletim Coppolla, ele destrinchou a atuação do STF na interpretação da Constituição.

– Quando a Constituição não serve aos propósitos do STF, os ministros ignoram, reinterpretam e até reescrevem a lei com a maior desfaçatez, sem o menor pudor. Por isso que o Supremo, contrariando décadas de jurisprudência, decidiu que corruptos não podem ser presos, mesmo se condenados duas vezes: por um juiz e por um tribunal – comentou Coppolla, ironizando a conduta dúbia dos integrantes da Corte Maior do Brasil.

O jornalista então fez críticas ao Supremo.

– O Supremo Tribunal Federal é o exemplo vivo do que acontece numa república quando há desequilíbrios de força e concentração de poder sem controle externo. Contra o STF, não há a quem apelar. E o único mecanismo constitucional para frear o abuso de autoridade é o impeachment de ministros. Mas, infelizmente, quem julga é o Senado. E quase metade dos senadores é investigada ou responde a ações penais, muitas delas no próprio STF – ressaltou.

Por fim, Coppolla falou sobre o ex-presidente Lula.

– Se todas as anulações penais contra Lula foram anuladas numa canetada, apesar da comprovação judicial dos crimes de corrupção, estamos diante de um criminoso muito diferente. Ele não foi absolvido pela Justiça, mas não pode mais ser chamado de condenado […] Refleti sobre isso e, a partir de hoje, eu decidi adotar uma nomenclatura estritamente técnica. Vou me referir ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva como ex-condenado, ex-criminoso e ex-corrupto – afirmou.

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