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Eletrobras: BNDES dá mais um passo para efetivar privatização

Processo deve ser concluído em fevereiro do ano que vem

Pleno.News - 09/07/2021 14h28 | atualizado em 09/07/2021 16h14

BNDES é responsável pela estruturação do processo de privatização da Eletrobras Foto: Folhapress/Lucas Tavares

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu mais um passo para efetuar a privatização da Eletrobras em fevereiro do ano que vem.

O banco de fomento, responsável pela estruturação do processo, publicou o contrato do consórcio que conduzirá a modelagem, além da estruturação financeira e do relatório final do processo de desestatização.

No mês passado, a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que permite a saída da União do controle da empresa de energia elétrica.

O Consórcio Genial – Tauil e Chequer, que ganhou o processo de licitação, deve conduzir as tratativas. O valor do contrato, conforme o documento publicado pelo BNDES, é de R$ 3,89 milhões. Pelo acordo, as empresas terão de realizar a avaliação de toda legislação nacional e internacional aplicável à Eletrobras, à Itaipu e à Eletronuclear, assim como a identificação de pontos críticos e riscos.

Para estruturar o processo que culminará na privatização da Eletrobras, o BNDES fez a contratação das empresas que trabalharão em alguns processos necessários para a capitalização, sendo, assim, responsável tanto pela execução quanto pelo acompanhamento do processo de desestatização. Ao todo, são três fases de serviços que serão contratados para a condução da privatização da empresa de energia.

Além desse serviço, cujo contrato acaba de ser publicado, o trabalho de due diligence (auditoria) contábil, patrimonial e jurídica será feito pelo consórcio Nova Eletrobras, formado pela auditoria BDO, o banco Genial, o escritório de advocacia Lefosse e a Thymos Energia, uma consultoria especializada no setor. Já a avaliação econômico-financeira será feita pelo banco BR Partners, cuja escolha já foi homologada, mas ainda falta a publicação do contrato.

CORRIDA
Com a aprovação da medida provisória, o governo pode seguir com os preparativos para a emissão de novas ações da companhia, o que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2022.

A União não participará da oferta de ações subsequente (follow-on). Ao deixar de acompanhar essa oferta, sua participação nos papéis ordinários da companhia será diluída, com a parcela caindo para menos de 50%. Dessa maneira, o governo deixa de ser o controlador, o que, na prática, significa uma privatização do negócio.

A capacidade de voto dos acionistas da Eletrobras será, então, limitada a 10%, independente da posição acionária. Pelo cronograma do BNDES, a ida à Bolsa deverá ocorrer em fevereiro de 2022.

Essa é a terceira vez que o Estado brasileiro tenta privatizar a Eletrobras. A primeira foi no governo de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002). Na época, a ideia era fazer uma privatização tradicional, vendendo as estatais do grupo (Furnas, Chesf e Eletronorte) separadamente. Mas esse plano foi frustrado.

No governo Lula, que começou em 2003, a empresa foi retirada do Plano Nacional de Desestatização (PND).

Na gestão de Michel Temer (2016-2018), uma MP foi enviada ao Congresso. Bolsonaro a usou como base para a privatização atual.

*AE

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