Eleições: Lula e Dilma têm 1º encontro do ano, em São Paulo
O encontro ocorre em meio a alianças entre Lula e políticos favoráveis ao impeachment de Dilma
Pierre Borges - 14/01/2022 14h58 | atualizado em 14/01/2022 16h07
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a ex-presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (13), em São Paulo. Este é o primeiro encontro dos petistas neste ano. O local não foi informado pela assessoria de imprensa do ex-presidente. Segundo fontes no PT, o encontro se deu para discutir o cenário eleitoral de 2022.
Dilma reside em Porto Alegre, onde também vive sua família. No mês passado, ela não esteve no jantar do Grupo Prerrogativas promovido para premiar Lula e realizar o primeiro encontro público entre o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin, que articula uma aliança para ser vice na chapa do ex-presidente. Alckmin foi a favor do impeachment de Dilma.
Na época, a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, informou que a petista teria confessado a amigos que ficou surpresa ao ser excluída do encontro e que entendeu a ausência do convide como um recado de que ela se tornou um problema político para Lula.
Em entrevista ao jornal O Globo, porém, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou que houve um “ruído de comunicação” que fez com que o convite não chegasse a Dilma e assumiu a responsabilidade pelo equívoco.
Após o desencontro, a ex-presidente tem recebido desagravos do partido. No dia 4, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, publicou uma nota prestando “toda solidariedade à presidenta de honra da Fundação Perseu Abramo, Dilma Rousseff, primeira mulher eleita e reeleita presidenta do Brasil, exemplo de coragem, integridade e de luta por um Brasil verdadeiramente soberano e democrático, sem machismo, xenofobia, sem racismo, sem misoginia, sem lgbtfobia”. E completou: “O golpe contra Dilma foi um golpe contra a democracia, contra todas e todos nós”.
Ainda nesta quinta, o ex-presidente Michel Temer – que era vice de Dilma durante o impeachment, assumiu seu lugar na Presidência e foi chamado de golpista diversas vezes por petistas – disse, em entrevista à CNN, que Lula estaria buscando seu apoio.
De acordo com Temer, “uma pessoa muito elegante”, ligada a Lula, propôs uma aproximação entre os dois. Ele recusou o convite, mas disse estar aberto ao diálogo.
*Com informações da AE
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