“Economia brasileira não está o paraíso dos paraísos”, admite Lula
O presidente disse, porém, que está tendo um desempenho melhor do que ele esperava
Pleno.News - 14/08/2024 19h14 | atualizado em 15/08/2024 10h16

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu que a economia brasileira não está o “paraíso dos paraísos”; mas, segundo ele, está tendo um desempenho, no momento, melhor do que se pensava que teria. Ao destacar a importância de fazer o dinheiro circular no país, Lula voltou a criticar o patamar da taxa de juros, a Selic.
– A economia brasileira não está o paraíso dos paraísos, até porque, quando ela crescia 14% ao ano, não era o paraíso. Naquele tempo, havia diversidade entre economia e ideologia; a economia crescia 14% e a juventude era perseguida porque tentava derrubar o regime militar – comentou o presidente.
A fala ocorreu durante reunião com a indústria farmacêutica para anúncio de investimentos nesta quarta-feira (14), no Palácio do Planalto.
Apesar de admitir que há melhorias a serem feitas na economia, Lula elogiou o atual cenário econômico nacional.
– Este momento que estamos vivendo agora é graças, primeiro, à existência de vocês, que acreditam que esse país pode ser melhor, às pessoas que compõem o governo, aos companheiros dos bancos públicos que sabem que o dinheiro tem que circular – disse.
Na avaliação do petista, “não tem sentido”, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não ter recursos para investimentos.
– Todos os países do mundo têm banco de desenvolvimento que investiu para o crescimento econômico. Só que no Brasil, de repente, se achou que o BNDES era um estorvo, que o BNDES estava emprestando dinheiro demais, que não sobrava espaço para os outros, mas não é verdade – comentou.
O presidente, então, se dirigiu contra o patamar da taxa de juros:
– Quanto menos atrativa for a taxa de juros para que as pessoas vivam de dividendos e especulação, mais dinheiro é necessário para mais investimento.
Ao enaltecer o momento econômico brasileiro, Lula disse que, “logo logo”, o Brasil chegará ao menor nível de desemprego da história nacional.
– Se não é tudo aquilo que a gente queria, é mais do que a gente pensava que ia ter agora – concluiu.
*AE
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