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Duda Salabert acusa PSOL de transfobia e deixa o partido

Ela foi a primeira trans a disputar uma vaga ao Senado

Henrique Gimenes - 22/04/2019 18h33

Duda Salabert Foto: Reprodução

Neste domingo (21), Duda Salabert, primeira transexual que se candidatou a uma vaga no Senado, anunciou sua desfiliação do PSOL. O motivo apontado é a “transfobia estrutural do partido”.

O anúncio foi feito por meio de sua conta do Instagram:

Anuncio minha desfiliação do PSOL. Deixo o partido, mas continuo meu ativismo por uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais democrática. Mantenho vivo também o projeto de colocar no protagonismo político as bandeiras da Educação, do Meio Ambiente e da Diversidade.

No atual contexto de crise da democracia, entendo que ocupar a política e disputar as eleições não me é uma escolha, mas uma obrigação. Colocar meu corpo político no centro do debate eleitoral é mais do que simbólico: é uma maneira de buscar alargar a democracia, a qual nunca foi sólida no país, sobretudo para o grupo social de que faço parte.

Deixo o PSOL por não concordar com a transfobia estrutural do partido. Enquanto mulher transexual, não posso endossar uma estrutura que se apropria da luta e da identidade trans para privilegiar figuras e candidaturas já privilegiadas. Deixo o PSOL por não concordar com a perspectiva antropocêntrica que estrutura o partido. Enquanto vegana, ambientalista e defensora dos direitos dos animais, não posso aceitar que a luta para difundir o respeito às vidas de todos animais fique em segundo plano. Deixo o PSOL também por não concordar com algumas diretrizes internas do partido.

Entendo que essa decisão pode surpreender muitas pessoas, mas como escreveu Pompeu, político romano, “Navegar é preciso. Viver é impreciso”. Agradeço de coração a todas correntes e filiados que me receberam e me construíram politicamente nos últimos dois anos. A crítica que resultou na minha desfiliação não é às pessoas, mas à estrutura partidária. Sigamos em luta, não mais na mesma organização, por um mundo sem desigualdades sociais. A utopia segue viva!

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Anuncio minha desfiliação do PSOL. Deixo o partido, mas continuo meu ativismo por uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais democrática. Mantenho vivo também o projeto de colocar no protagonismo político as bandeiras da Educação, do Meio Ambiente e da Diversidade. No atual contexto de crise da democracia, entendo que ocupar a política e disputar as eleições não me é uma escolha, mas uma obrigação. Colocar meu corpo político no centro do debate eleitoral é mais do que simbólico: é uma maneira de buscar alargar a democracia, a qual nunca foi sólida no país, sobretudo para o grupo social de que faço parte. Deixo o PSOL por não concordar com a transfobia estrutural do partido. Enquanto mulher transexual, não posso endossar uma estrutura que se apropria da luta e da identidade trans para privilegiar figuras e candidaturas já privilegiadas. Deixo o PSOL por não concordar com a perspectiva antropocêntrica que estrutura o partido. Enquanto vegana, ambientalista e defensora dos direitos dos animais, não posso aceitar que a luta para difundir o respeito às vidas de todos animais fique em segundo plano. Deixo o PSOL também por não concordar com algumas diretrizes internas do partido. Entendo que essa decisão pode surpreender muitas pessoas, mas como escreveu Pompeu, político romano, “Navegar é preciso. Viver é impreciso”. Agradeço de coração a todas correntes e filiados que me receberam e me construíram politicamente nos últimos dois anos. A crítica que resultou na minha desfiliação não é às pessoas, mas à estrutura partidária. Sigamos em luta, não mais na mesma organização, por um mundo sem desigualdades sociais. A utopia segue viva!

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