Leiliane Lopes - 14/10/2022 18h22 | atualizado em 14/10/2022 18h57

O atual governador da Bahia, Rui Costa (PT), está empenhado em eleger seu sucessor, Jerônimo Rodrigues, que enfrentará ACM Neto (União) no segundo turno. Mas um dossiê sobre as transações da compra de um imóvel pode prejudicar a campanha.

Um documento ao qual a Veja teve acesso levanta suspeitas sobre a compra de um apartamento milionário feito pelo petista em maio deste ano.

Como o Pleno.News já divulgou, o imóvel de alto padrão em Salvador foi comprado por R$ 2,5 milhões, sendo que R$ 2,1 milhões foram dados à vista. Os R$ 400 mil restantes foram financiados.

O valor à vista não é o que está sob suspeita no dossiê, mas sim o preço pelo qual o imóvel foi vendido. No mesmo prédio, a média dos apartamentos é de R$ 4 milhões, sendo que o mais caro do condomínio custa R$ 16 milhões.

O governador teria pago quase a metade do valor que as outras famílias. Mas não é só isso. O prédio é um empreendimento da Moura Dubeux, empresa que recentemente conseguiu reverter uma decisão e teve autorização do governo estadual para construir um prédio de 21 andares em uma área tombada.

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), a princípio, negou a construção por entender que “os critérios considerados aceitáveis para preservar o conjunto paisagístico” da região não estavam garantidos no projeto que poderia ter no máximo 19 andares. Mas também no início deste ano, o Ipac mudou seu entendimento inicial e liberou a construção.

Agora, o dossiê com essas coincidências poderá ser usado pela campanha de ACM Neto para impedir que o sucessor de Rui Costa seja eleito.

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