Henrique Gimenes - 11/09/2018 16h43

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o arquivamento de um inquérito contra o senador Aécio Neves. O processo, aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), investiga a atuação do parlamentar durante a entrega de dados do Banco Rural à CPI dos Correios em 2005. As informações foram dadas pelo jornal O Globo.

A conclusão da PGR é oposta a um relatório apresentado pela Polícia Federal (PF) em maio, que apontou provas contra Aécio. O processo é relatado pelo ministro Gilmar Mendes. As investigações foram iniciadas após a delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral, que foi presidente da CPI dos Correios.

De acordo com ele, Aécio, na época governador de Minas, e seu vice, Clésio Andrade, teriam agido para maquiar os dados do banco para que seus nomes não aparecessem nas investigações. O ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes, na época integrante do PSDB, teria sido o responsável por realizar o contato entre Delcídio e Aécio. Sobre Paes, a PF já havia pedido o arquivamento.

Em sua conclusão, Raquel Dodge afirmou que “a autoridade policial não conseguiu identificar e comprovar a atuação desse ‘emissário’ de Aécio Neves e Clésio Andrade. Por isso, não se pode, livre de dúvidas, afirmar que a promessa de vantagem indevida ocorreu da forma como narrada pelo colaborador Delcídio Amaral. Em realidade, sem que o inquérito tenha comprovado quem é o portador da mensagem com oferecimento de vantagem indevida, sequer é possível afirmar, com o nível de segurança exigido para oferecer denúncia, que tal oferecimento tenha ocorrido”.

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