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Diretor-geral da PF sobre anistia: Inaceitável não punir

Indicado informalmente para o cargo por Flávio Dino, Andrei Rodrigues coordenou segurança de Lula

Pleno.News - 12/04/2025 17h53 | atualizado em 14/04/2025 13h44

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, se posicionou contra o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Para ele, é “inaceitável” deixar impunes crimes dessa gravidade.

Ao participar de um painel ao lado do procurador-geral da República, Paulo Gonet, na 11ª edição da Brazil Conference neste sábado (12), Andrei Rodrigues comentou o episódio ocorrido em 2023 sob sua ótica.

– Havia um plano de assassinato do presidente da República, do vice-presidente da República e do presidente da nossa Corte Eleitoral. Isso, por si só, deveria chocar e espantar todos – disse ele.

E prosseguiu:

– Nós não estamos falando aqui da maquiagem de uma estátua. Nós estamos falando de planos de assassinato, ruptura da nossa democracia, vandalismo, depredação de patrimônio público e histórico. Estamos falando de ataques às instituições do Estado do Brasil que trariam consequências inimagináveis.

O diretor-geral da PF também cobrou a responsabilização dos envolvidos.

– Tenho o maior respeito e apreço pelo Congresso, que é o foro de debates e de proposituras legislativas, mas também tenho minha opinião muito consolidada – disse Andrei, mencionando o que chamou de “primorosa denúncia” da Procuradoria-Geral da República à Suprema Corte.

Indicado informalmente por Flávio Dino para o mais alto cargo da Polícia Federal, Andrei, que coordenou a equipe de segurança de Lula (PT) desde o início da campanha eleitoral até a posse do petista como presidente, declarou:

– Acho inaceitável não punir pessoas que cometeram crimes dessa envergadura.

Durante o painel, Andrei Rodrigues foi questionado sobre como sua proximidade com o governo poderia afetar a autonomia da PF. Ele respondeu achar “engraçado” as suposições sobre sua relação pessoal com o presidente Lula, alegando que a ligação é exclusivamente institucional.

– Esse é um cargo de confiança. E a confiança no trabalho das pessoas. Eu fico pensando se o presidente nomearia alguém que não confia nessa função, então precisa ter a confiança – admitiu.

Andrei destacou que a PF realiza seu trabalho com independência, sem levar em conta estatura política ou econômica. Apesar da justificativa, ele aproveitou para criticar a Lava Jato, operação que prendeu Lula.

– Vocês não vão ver presos algemados, sendo conduzidos, expostos à mídia. Não tem imprensa na porta de pessoa que está sendo investigada pela polícia. Não tem prisões espetaculosas na rua, no trânsito, expondo indevidamente as pessoas. Não há entrevista coletiva, PowerPoint. Me digam vocês o nome de um delegado de Polícia Federal hoje. O “japonês da Federal”, o “hipster da Federal”? Não tem. Porque nós recuperamos essa instabilidade, essa institucionalidade.

*Com informações AE

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