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Diretor da PF diz que policial que se candidatar será exonerado

Andrei Rodrigues afirmou que regulamentação da medida será enviada ao Ministério da Justiça

Paulo Moura - 09/07/2023 15h26 | atualizado em 10/07/2023 12h08

Andrei Rodrigues Foto: MJSP/Tom Costa

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, pretende colocar em prática uma medida que impedirá que agentes da corporação possam se candidatar nas eleições sem antes deixar a polícia e cumprir uma quarentena de dois anos fora da PF. Em entrevista ao jornal O Globo, Rodrigues disse que a regulamentação será enviada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública neste semestre.

– Se quiser se candidatar, terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. Quem quiser fazer política partidária está no lugar errado. Infelizmente, a instituição foi usada várias vezes. Isso cria um desequilíbrio do sistema democrático, permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio – disse o chefe da PF.

Rodrigues também falou sobre a operação da corporação que teve como um dos alvos um ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Para o chefe da PF, a ação foi correta e baseada na “qualidade da prova”. Lira chegou a procurar o comandante da Polícia Federal para reclamar de vazamentos na ação.

– A PF, em nenhum momento, divulgou nomes, dados, informações, vinculações do próprio deputado ou dos seus assessores. A operação foi baseada em qualidade da prova, com autonomia investigativa e responsabilidade. O que eu comentei com o presidente Arthur foi exatamente nesse sentido, que a PF não divulgou o nome de ninguém. Se alguém identificar desvio de conduta, sou o maior interessado em apurar – declarou.

O diretor-geral da PF também comentou as invasões aos prédios públicos nos atos do dia 8 de janeiro e reconheceu que houve falha na segurança. Para Rodrigues, no entanto, a falha foi da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que, segundo ele, era quem deveria conter o que ele chamou de “grupo de criminosos”.

– Quem deveria conter esse grupo de criminosos é a PM. Não havia nenhuma razão técnica para que não funcionasse no dia 8, porque todos sabíamos o que ia acontecer. O que se viu foi falha generalizada, mas principalmente pela ausência de uma operação consistente de uma instituição que é uma das melhores polícias do Brasil. A PM tem expertise e profissionais de altíssimo nível – completou.

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