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Dirceu defende prisão domiciliar de Bolsonaro: “Justa”

Ex-ministro de Lula fala sobre a saúde e a segurança do líder da direita

Pleno.News - 06/10/2025 18h36 | atualizado em 06/10/2025 21h11

Ex-ministro José Dirceu Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou que considera “justo” manter o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. A declaração foi dada em entrevista à BBC News Brasil, nesta segunda-feira (6). Para Dirceu, o líder da direita não tem condições de cumprir pena em presídio comum por motivos de saúde e segurança.

– Dado o estado de saúde dele, e já que o Fernando Collor está cumprindo prisão em casa, acho que é justo. Acho muito improvável colocar presos vulneráveis no sistema penitenciário, que é controlado pelo crime organizado — declarou.

O petista comparou a situação de Bolsonaro à de outros ex-presidentes, lembrando que Lula chegou a ser preso, mas em condições especiais.

– É verdade que não foi assim com o presidente Lula, mas ele ficou na sede da Polícia Federal, em uma prisão especial – explicou.

Dirceu disse ainda que, caso Bolsonaro fosse enviado para uma penitenciária comum, ele teria de ficar isolado.

– Nós mesmos, quando presos, ficamos na área de vulneráveis. Não tínhamos contato com outros presos, íamos sozinhos para o pátio e para a biblioteca, por questão de autoproteção – afirmou.

O ex-ministro também criticou setores da direita que defendem a anistia aos presos do 8 de janeiro. Segundo ele, essas mesmas pessoas aumentaram as penas para vários crimes.

– Esses que estão falando em diminuir as penas foram os mesmos que, nos últimos dez anos, aumentaram as punições para tudo, sem que o sistema tivesse condições de receber.

Atualmente, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto pelo descumprimento de medidas cautelares estabelecidas no âmbito da investigação que apura a atuação do ex-presidente e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra a soberania nacional. No entanto, o ex-presidente não chegou nem a ser citado pela PGR, o que tem feito sua defesa buscar pela revogação da domiciliar. Entretanto, durante esse período Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado a 27 anos e três meses. Cabe recurso.

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