Dino terá de explicar críticas antigas às urnas eletrônicas
Em 2013, Dino disse que "as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes"
Marcos Melo - 10/07/2023 19h30 | atualizado em 11/07/2023 10h20
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Em pedido feito na última sexta-feira (7), deputados federais buscam por intermédio do Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro da Justiça, Flávio Dino, esclareça sobre antigas publicações em seu Twitter duvidando da segurança das urnas eletrônicas – tal como fez o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), motivo que o levou a ficar inelegível.
Essas mensagens colocando em xeque a inviolabilidade das urnas foram postadas por Dino entre agosto de 2012 e junho de 2014, antes que ele tivesse sido eleito governador do Maranhão.
– Em eleições com pequena margem, possibilidade de violação de uma única urna pode alterar o resultado final – advertiu o comunista em agosto de 2012.
Em novembro de 2013, Dino fez outro comentário maculando as urnas.
– Hoje em Recife vi a comprovação científica de que as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes.
Parlamentares como Maurício Marcon do Podemos e Carlos Jordy, Nikolas Ferreira, Cabo Gilberto, André Fernandes, Paulo Bilynskyj, do PL, entre outros, querem que o ministro esclareça o duplo padrão adotado em seus comentários.
A ação ainda não tem relator definido no STF e pode cair nas mãos da plantonista da Casa, a ministra-presidente da Corte Rosa Weber.
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