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Dino condena associação de fala de Lula com ameaça contra Moro

Ministro disse que a vinculação da operação desta quarta-feira com a política brasileira é "vil" e "leviana"

Paulo Moura - 22/03/2023 14h34 | atualizado em 22/03/2023 16h03

Ministro Flávio Dino Foto: MJSP/Tom Costa

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reclamou, nesta quarta-feira (22), de associações feitas entre uma fala do presidente Lula sobre o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e a operação da Polícia Federal que frustrou a tentativa de atentado contra o parlamentar, a família dele e outras autoridades. O chefe da pasta federal disse que a politização do caso é “vil” e “leviana”.

– Eu faço essa declaração dizendo que é vil, dizendo que é leviana, dizendo que é descabida, qualquer vinculação a esses eventos com a política brasileira. Eu realmente estou espantado com o nível de mau-caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria. Investigação essa que é tão séria que foi feita em defesa da vida e da integridade de um senador de oposição – disse.

Dino se referia às repercussões nas redes sociais que vincularam as ameaças ao senador apuradas na operação da PF a uma fala do atual presidente da República que, na terça (21), afirmou que, quando estava preso, disse que só ficaria feliz depois de “f****” o senador.

– De vez em quando um procurador entrava lá [em dia] de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo bem. Entrava três ou quatro procuradores e perguntava: “Tá tudo bem?”. Eu falava: “Não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu f**** esse Moro” – disse Lula em entrevista ao site Brasil 247.

O ministro da Justiça e Segurança Pública disse ainda que “não se pode pegar isoladamente” a declaração de Lula dada nesta terça e vincular com a operação, que segundo ele estaria sendo realizada há meses pela Polícia Federal.

– Não se pode pegar isoladamente uma declaração de ontem [terça (21)] e vincular à investigação que tem meses. Em que o nosso governo e em que a Polícia Federal, atuando de modo técnico e independente, cumpriu a lei e obteve um êxito extraordinário. Mostrando que nós não temos nenhum aparelhamento político do Estado nem a favor nem contra ninguém – completou.

SOBRE A OPERAÇÃO
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta a Operação Sequaz, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, contra servidores públicos e autoridades. Um dos alvos era o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O próprio parlamentar comentou o caso em suas redes.

– Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do Senado. Por ora, agradeço a PF, PM-PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM-SP, MPE-SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado – escreveu.

A PF informou que, segundo a investigação, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontravam nos estados de São Paulo e Paraná. Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

A corporação destacou que o nome da operação se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas.

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